Passos tenta convencer sobre regresso aos mercados em 2013

pedro-passos-coelho-7jul-size-598-editedNum artigo de opinião publicado hoje no jornal Financial Times, o primeiro-ministro afirma que “Portugal vai provar que os cépticos estão enganados”, mas não descarta “apoio adicional” em “circunstâncias fora do controlo”.

Depois de ter apontado, na passada semana, que o regresso de Portugal aos mercados em Setembro de 2013 é uma data de referência, Passos Coelho acredita que “estão errados” os muitos analistas que desconfiam desta possibilidade, assim como os que dizem que o país “vai precisar de mais ajuda financeira, um segundo resgate – ou, pior, uma reestruturação da dívida”.

Mas o primeiro-ministro reforça: é preciso contar com “o compromisso dos parceiros internacionais para dar um apoio adicional caso surjam circunstâncias fora do controlo que obstruam o retorno ao mercado de financiamento”.

Apesar das palavras de optimismo, o primeiro-ministro volta a defender-se dizendo que “não há garantias”. Apesar disso, o chefe do Governo pede confiança na “rapidez e dedicação” do Executivo e no compromisso para com o acordo com a Troika.

Passos aponta as reformas feitas como sinais desse compromisso e cumprimento: as privatizações no sector da energia, a extinção das golden shares do Estado na PT e na EDP, as reformas do código laboral e da Segurança Social, e o programa de incentivo às exportações e ao investimento estrangeiro na agricultura, comércio e finanças.

“Estas acções vão ajudar a reequilibrar o défice orçamental de Portugal e a aumentar os fundos para reduzir a dívida”.

Passos Coelho não deixa de salientar a importância da unidade política e social dos portugueses, a qual irá “completar o plano”.

As medidas de austeridade podem afectar o crescimento a longo prazo do país, acrescenta, mas “o equilibro fiscal e externo são condições prévias para o crescimento sustentável, concorrência e criação de emprego”.

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