Imagens de satélite revelam mistério do ‘desaparecimento’ das defesas antiaéreas da Rússia
A Rússia encetou um golpe de ‘magia’ e fez ‘desaparecer’ os seus valiosos sistemas de defesa antiaérea S-400 Triumph na região de Kaliningrado. Os equipamentos, segundo revelam imagens de satélite, foram afinal transferidos para poderem ser usados por Putin na invasão da Ucrânia.
De acordo com investigação do portal Bellingcat, foi confirmado que duas aeronaves de carga, An-124 e Il-76, deixaram Kaliningrado no início de novembro e desde as descolagens dos aviões, verificou-se que as imagens de satélite mostram mudanças em pelo menos dois locais de instalação de sistemas de defesa antiaérea, o que indica que os sistemas S-400 foram relocalizados.
“Para onde exatamente, ainda é uma incerteza”, indica fonte ao mesmo órgão de comunicação social.
A investigação seguiu-se após vários analistas e especialistas em temas de guerra terem comentado um pico de atividade das duas aeronaves militares de carga, sendo que uma delas é a maior de transporte de equipamento militar estratégico do país.
Também, refira-se, Kaliningrado é uma importante cidade portuária russa no Báltico, na região do mesmo nome que é território separado do resto da Rússia e que faz fronteira com a Lituânia e Polónia, membros da Nato.
Algumas fontes adiantam que que a Rússia poderá estar a transportar o sistemas de defesa antiaérea S-400 para Rostov-on-Don, cidade no sul próxima da fronteira com a Ucrânia, após as forças de Kiev terem destruído três destes equipamentos com recurso a sistemas ATACMS.
A investigação teve como ponto de partida as considerações do Ministério da Defesa do Reino Unido, que a 9 de novembro, em nota de análise, sugeria que, para manter a cobertura do território ucraniano, a Rússia terá de relocalizar os seus sistemas de mísseis de terra-ar de longo-alcance, “que rotineiramente estão a proteger partes distantes da Rússia”.
“A realocação de elementos estratégicos de defesa antiaérea demonstrariam ainda mais como o conflito na Ucrânia continua a sobrecarregar as forças armadas russas e a prejudicar a sua capacidade de manter as defesas básicas em todo os eu vasto território”, considerou a Defesa inglesa, a 9 de novembro, antecipando o que se viria agora a confirmar.