Arcadiy Bunin, cidadão russo acusado do sequestro e assassinato de um compatriota e pelo qual pendia uma ordem de extradição da Rússia, obteve a cidadania portuguesa e evitou a extradição. De acordo com o ‘Jornal de Notícias’, o homem escondeu-se em Portugal em 2011 – em Albufeira, onde vive com a mulher e os três filhos menores – mas foi detido no âmbito de um mandado internacional.
Em 2013, Bunin foi acusado pelas autoridades russas de ter sido o mentor do sequestro – em 2007, um empreiteiro russo foi raptado por três alegados funcionários do Governo e viria a ser assassinado numa floresta nos arredores de Kaliningrado. O cidadão russo foi detido pelas autoridades portuguesas em 2014, depois de ter sido alvo de um mandado de detenção internacional e ter constado na lista de criminosos procurados pela Interpol.
O cidadão russo ficou obrigado a apresentar-se semanalmente no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), depois de a Rússia ter falhado em formalizar o pedido de extradição definido na lei. O Tribunal da Relação de Évora, o Supremo Tribunal de Justiça e o Tribunal Constitucional condenaram-no à extradição mas quando se preparava para ser levado para a Rússia obteve a nacionalidade portuguesa e requereu o fim do processo, que ficou concluído em agosto de 2022.
O russo levou o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, no qual exigiu a condenação de Portugal por o querer extraditar para um país onde corria risco de vida e estaria preso em condições cruéis, desumanas e degradantes.














