Política migratória? “Hungria e Polónia recusaram todas as soluções” no Conselho Europeu

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje “o isolamento” da Hungria e da Polónia face à questão migratória da União Europeia), após aqueles países terem bloqueado conclusões no Conselho Europeu, mas disse não estar surpreendido.

Executive Digest com Lusa
Junho 30, 2023
14:39

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje “o isolamento” da Hungria e da Polónia face à questão migratória da União Europeia), após aqueles países terem bloqueado conclusões no Conselho Europeu, mas disse não estar surpreendido.

“Não fiquei desiludido porque não nos surpreende. É sabido que a Polónia e a Hungria têm posição bastante divergente e cada vez mais isolada no Conselho”, pelo que “ficou bastante claro o isolamento, mas não há surpresa”, declarou António Costa.

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas após um Conselho Europeu sem texto sobre a reforma das regras europeias sobre as migrações, dado o bloqueio polaco-húngaro, o chefe de Governo apontou que, “apesar de se ter verificado um acordo generalizado sobre o que está proposto, não foi possível […] ter conclusões”.

Ainda assim, “houve um consenso muito alargado entre a generalidade dos Estados-membros sobre as políticas de migração e o apoio aos países de origem”, isto apesar das posições “dissonantes da Polónia e da Hungria”, assinalou António Costa.

Apontando que estes dois países “tinham esperança de que os novos governos se tivessem juntado” à sua posição divergente na questão migratória, nomeadamente Itália, o chefe de Governo português adiantou que “o que está explicitado é que a Polónia e a Hungria têm um entendimento distinto das regras da UE”.

Para António Costa, Varsóvia e Budapeste têm uma “visão completamente errada dos valores europeus e de como a Europa se deve relacionar com o mundo”.

Esta é, considerou, uma “visão de que é possível imaginar um mundo em que não há migrações”, mas a ideia de que isso é possível é como achar que se consegue “eliminar o vento”.

“Não vamos eliminar, temos é de gerir”, concluiu António Costa.

Hungria e Polónia contestam a regra da maioria qualificada em matérias da política migratória, como permitido pelos tratados, defendo antes unanimidade para bloquear ou avançar com certas medidas.

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