A identidade do chamada ‘Assassino do Zodíaco’ tornou-se um dos maiores mistérios da história americana e, 54 anos depois, uma equipa formada por ex-detetives do FBI, analistas de dados e especialistas em criptografia apontou o principal suspeito de uma série de crimes que abalou os Estados Unidos.
A história, ainda cheia de incógnitas, remonta ao final de 1968, quando o autodenominado ‘Assassino do Zodíaco’ causou medo na região da Baía de São Francisco, na Califórnia, com os seus ataques. Em pouco menos de um ano, o criminoso matou pelo menos 13 pessoas, apesar de o homem confessar em mensagens criptografadas e cartas enviadas aos jornais americanos que os assassinatos envolveram 37 pessoas. Apesar dos esforços de muitos investigadores do FBI ao longo dos anos, o caso permaneceu sem solução e tornou-se um ícone da criminologia americana.
Das 13 vítimas, apenas duas foram usadas para decifrar o caso e assim encontrar a identidade do assassino, que até poucos dias permanecia completamente anónimo. Entre as primeiras pistas, a polícia apontou que o assassino tinha entre 40 e 50 anos, era branco, corpulento, de cabelos castanhos e que era muito inteligente. Durante anos, além disso, houve um suspeito claro.
Arthur Leigh Allen era o homem em questão, para quem apontavam todas as pistas. No entanto, no final de 2003, descobriu-se que as suas impressões digitais não correspondiam às que constavam numa carta que acompanhava o caso. A investigação foi interrompida um ano depois, tendo sido reaberta em 2007 – em 2021, a polícia americana apontou outro potencial suspeito, Gary Francis Poste, que faleceu em 2021.
Para a equipa de especialistas, Poste é o principal suspeito de ser o ‘Assassino do Zodíaco’ – de acordo com os investigadores, a autoria dos crimes resulta do ADN parcial obtido, que coincide com o perfil genético encontrado em várias das cenas de crimes relacionadas a este caso. Poste tinha uma conexão conclusiva com pelo menos cinco das vítimas do caso.
