UE quer fim de carros com motores de combustão em 2050

A Comissão Europeia enviou ao Parlamento e Conselho da União Europeia um documento que servirá de base à nova Lei do Clima Europeia.

Automonitor
Maio 14, 2020
14:12

Segundo adianta o jornal espanhol Cinco Días, o projecto estabelece 2050 como o ano em que os veículos com motor de combustão chegarão definitivamente ao fim. O objetivo é que, no prazo de 30 anos, a comunidade atinja a neutralidade climática, ou seja, zero emissões líquidas.

Para que isso seja possível, é necessário que o equilíbrio de emissões seja de 100%. Por outras palavras, os gases com efeito de estufa emitidos para a atmosfera devem ser compensados na totalidade pela captação de carbono, seja através de recursos naturais (como as florestas) ou artificiais (solução ainda por desenvolver). O objetivo anterior passava por cortar as emissões entre 80 e 90% até 2050.

A mesma publicação refere que o projecto de lei deverá receber luz verde por parte das instituições responsáveis. Além da meta final de 2050, aponta a uma redução das emissões de dióxido de carbono entre 50 e 55% já em 2030 (em comparação com os níveis de 1990). Até agora, o objectivo era de um corte de 40%.

O projeto de lei dá destaque a algumas das propostas mais ambiciosas do chamado Pacto Verde, apresentado por Ursula von der Leyen no final do ano passado. A presidente da Comissão Europeia deu a conhecer este pacto apenas alguns meses depois de ter chegado ao novo cargo.

De acordo com o Cinco Días, a captação de carbono através de meios naturais situa-se, neste momento, em cerca de 20% das emissões totais. Em 2050, para que haja neutralidade carbónica, será necessário que apenas as actividades sem qualquer alternativa recorram a processos que impliquem combustão – como é o caso da aviação ou de indústrias que precisem de temperaturas muito elevadas.

Isto significa que todos os outros sectores deverão ser afectados pela nova Lei do Clima Europeia, mas mais particularmente o transporte rodoviário e o setor de energia.

O projeto de lei refere que é preciso “adoptar medidas suplementares e todos os sectores terão de contribuir, já que as políticas actuais devem reduzir as emisões em apenas 60% até 2050”. Diz o documento que ainda há muito a ser feito para alcançar o objetivo proposto.

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