Direção Executiva do SNS mantém funcionamento alternado das maternidades até ao final maio
A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) vai manter o funcionamento alternado nas urgências de ginecologia-obstetrícia e blocos de partos por mais dois meses para assegurar “previsibilidade e segurança” em todas as regiões do país.
Assim, até ao final do mês de maio estes serviços vão continuar a funcionar, porém com condicionamentos nos períodos noturnos, fins de semana e feriados, altura em que é mais complicado assegurar as escalas médicas. Espera-se que seja apresentada uma nova solução no verão, dado que o governo informou que esta é apenas temporária, altura em que os constrangimentos serão maiores.
De momento, os hospitais em Lisboa “cooperam e partilham recursos no sentido de garantir o funcionamento dos respetivos Serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e dos Serviços/Unidades de Neonatologia”, explicou a DE-SNS ao acrescentar que as unidades são agrupadas e a rotação será feita durante o primeiro trimestre.
Este procedimento significa que os hospitais de Santa Maria, São Francisco Xavier, Amadora-Sintra, Cascais e a Maternidade Alfredo da Costa vão trabalhar em conjunto, enquanto as urgências do Santa Maria, MAC e Cascais continuam a funcionar 24 horas e aos fins-de-semana.
Relativamente aos arredores de Lisboa, vão colaborar os hospitais de Loures e Vila Franca de Xira; o Barreiro-Montijo, Garcia de Orta e o de Setúbal e ainda os centros hospitalares do Oeste e Médio Tejo com o Hospital de Santarém.
“Pelo impacto direto que tem nas grávidas, recém-nascidos e suas famílias, a rede de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia merece atenção prioritária, sendo essencial salvaguardar os princípios da equidade, qualidade, prontidão, humanização e previsibilidade dos cuidados prestados no SNS”, esclareceu o DE-SNS, no âmbito da operação ‘Nascer em segurança’, em comunicado enviado às redações.
No documento disponibilizado pelo SNS, é possível ficar a par dos 13 blocos de partos a funcionar de forma ininterrupta na Região Norte, assim como os sete na Região Centro e os quatro na Região Lisboa e Vale do Tejo, onde nove vão trabalhar com aberturas alternadas. Quanto à Região Alentejo, terá três blocos de partos a funcionar alternadamente, enquanto que a Região Algarve apenas um (Faro) e Portimão terá abertura programada.
Até agora, não é conhecido como vai decorrer o funcionamento das urgências de ginecologia, obstetrícia e bloco de partos a partir de junho, sendo que esta decisão não abrange inteiramente o segundo trimestre do ano, ficando de fora o período em que é mais difícil assegurar as escalas devido às férias dos médicos.