O governo de Donald Trump terá considerado retirar quatro países aliados da União Europeia e aproximá-los da influência americana, num esforço apelidado de “Tornar a Europa Grande Novamente”.
O documento, a Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, divulgado na semana passada, causou forte reação na Europa ao criticar os aliados de Washington como “fracos” e ao sugerir apoio a partidos de extrema-direita. Uma versão mais extensa e não publicada, citada pelo ‘Defense One’, indicava que Áustria, Hungria, Itália e Polónia seriam países prioritários para se afastarem da UE e se alinharem mais estreitamente com os EUA, ao mesmo tempo que apoiariam movimentos que defendem os “modos de vida tradicionais europeus”.
De acordo com o mesmo relatório, os Estados Unidos pretendiam fortalecer relações com administrações ideologicamente alinhadas enquanto concentravam esforços nas prioridades internas. “Devemos apoiar partidos, movimentos e figuras culturais que buscam a soberania e a preservação dos modos de vida tradicionais europeus… mantendo-se pró-americanos”, refere o documento, segundo o ‘Defense One’.
A Casa Branca negou veementemente a existência desta versão integral, afirmando que não existe qualquer relatório alternativo, privado ou classificado. A versão publicada da Estratégia de Segurança Nacional acusava ainda a Europa de não ter impedido a guerra da Rússia contra a Ucrânia, permitindo que o conflito “continuasse indefinidamente”.
O relatório também alertava para um possível “apagamento civilizacional” na Europa, reforçando narrativas próximas de partidos de extrema-direita. Especialistas e antigos diplomatas americanos qualificaram o documento como “desastrosamente estúpido”.














