A TAP bloqueou a compra de viagens aéreas para 11 de dezembro, dia em que está marcada uma greve geral que deverá provocar fortes perturbações nos aeroportos portugueses. Não é possível reservar voos de ou para Portugal na plataforma da companhia, numa decisão destinada a mitigar os efeitos da paralisação que já conta com elevada adesão sindical.
De acordo com o ‘Jornal de Negócios’, a TAP não avançou, até ao momento, qualquer justificação pública.
Os tripulantes de cabine da TAP, representados pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, aprovaram na semana passada a adesão à greve geral. Já o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil convocou uma assembleia geral extraordinária para 5 de dezembro, onde os associados irão decidir se se juntam à paralisação.
A greve de 11 de dezembro será a primeira convocada em conjunto pela CGTP e pela UGT desde 2013, e tem mobilizado sindicatos de várias áreas profissionais como forma de contestação ao anteprojeto de revisão do Código do Trabalho.
Impacto poderá transformar 11 de dezembro num dos dias mais difíceis do ano
Entre os trabalhadores que deverão aderir está também o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil, com forte representatividade no pessoal de terra da TAP e nos trabalhadores de handling da Menzies. Estes profissionais desempenham funções essenciais como logística operacional, apoio ao check-in e confirmação de identidade dos passageiros, pelo que a sua ausência antecipa perturbações significativas.
A previsão é de um dia marcado por atrasos, longas filas e cancelamentos, obrigando a remarcações para outras datas. Nos aeroportos nacionais estão previstos cerca de 500 voos, sendo a TAP a companhia potencialmente mais afetada, com 224 ligações programadas. Seguem-se a EasyJet, com 82 voos, a Portugália com 61, a SATA com 39 e a Ryanair, que já contabiliza 28 operações no Porto, faltando incluir outras rotas em território nacional.
O Governo reconhece a preocupação com o impacto da paralisação. Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas, afirmou que o Executivo está a trabalhar para “mitigar e minimizar os efeitos” da greve, intervindo nas “diferentes dimensões” que o protesto irá envolver, incluindo transportes ferroviários, metro e aviação.













