Quase 1.300 médicos do SNS deviam ser redistribuídos para regiões onde fazem falta, aponta estudo

Conclusão é de um estudo de investigadores do Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas (PLANAPP), publicado na revista científica ‘International Journal of Health Planning and Management’

Revista de Imprensa
Fevereiro 20, 2025
10:00

Quase 1.300 médicos do SNS deveriam ser transferidos para outras regiões do país para garantir uma distribuição mais equitativa no território nacional, destacou esta quinta-feira o jornal ‘Público’: este número é mais do que o dobro dos 550 necessários em 2017 para o mesmo fim.

A conclusão é de um estudo de investigadores do Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas (PLANAPP), publicado na revista científica ‘International Journal of Health Planning and Management’, que apontou que 5,9% dos médicos especialistas contabilizados em junho de 2023 teriam de ser redistribuídos para atingir um equilíbrio perfeito entre no número de clínicos disponíveis no SNS e a população residente numa determinada região.

Este é o valor mais elevado dos sete anos analisados e equivale a redistribuição de 1.299 médicos, dos quais 1.226 especialistas. “Em termos globais, o indicador evidencia uma tendência de crescente desigualdade na afetação de médicos especialistas no SNS”, indicaram os autores do estudo. “Há um aumento anual constante do Índice de Disparidade para os médicos especialistas” e, como tal, “uma tendência estatisticamente significativa para o aumento da desigualdade na distribuição dos médicos especialistas nas cinco regiões do SNS em Portugal”.

As desigualdades no SNS em Portugal continental mantêm-se, apesar do número total de profissionais de saúde por cada mil habitantes ter tido “um crescimento global favorável”. No entanto, não foram suficientes para combater as disparidades regionais. “De um modo geral, embora o número médio de médicos especialistas por 1.000 habitantes tenha aumentado de forma constante ao longo do período, o fosso entre regiões indica desigualdades atuais e crescentes na distribuição do pessoal médico no país”, concluíram os especialistas.

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