Qual o futuro da banca com a Inteligência Artificial? Eis o que esperar da revolução digital no setor financeiro

Apesar do aumento na implementação da GenAI, as instituições financeiras continuam divididas quanto aos objetivos das suas estratégias. Apenas metade dos bancos (50%) considera a tecnologia como uma ferramenta para melhorar a produtividade e a eficiência, enquanto 49% a veem como um meio para reduzir os custos operacionais de TI.

André Manuel Mendes
Março 6, 2025
11:59

Apesar do aumento na implementação da GenAI, as instituições financeiras continuam divididas quanto aos objetivos das suas estratégias. Apenas metade dos bancos (50%) considera a tecnologia como uma ferramenta para melhorar a produtividade e a eficiência, enquanto 49% a veem como um meio para reduzir os custos operacionais de TI.

De acordo com o estudo intitulado “Intelligent Banking in the Age of AI” da NTT Data, a Inteligência Artificial Generativa está a alterar profundamente a dinâmica do setor bancário, prometendo uma transformação mais significativa do que qualquer avanço tecnológico anterior. A tecnologia está a integrar inteligência em todas as camadas do ecossistema bancário, desde os sistemas principais até às interfaces com clientes. O estudo revelou que 58% das organizações estão a explorar ativamente o potencial da GenAI, um aumento significativo em relação a 2023, quando apenas 45% das instituições estavam a dar esse passo.

Robb Rasmussen, Head of Global Marketing & Communications da NTT DATA, afirmou que “a Inteligência Artificial Generativa representa um momento decisivo para o setor bancário”, destacando que, apesar dos benefícios potenciais, a implementação desta tecnologia exige uma abordagem cuidadosa e estruturada. “Garantir o retorno do investimento é crucial, e muitos bancos esperam que a GenAI contribua para poupanças a longo prazo através da automação de tarefas, melhoria da eficiência e criação de vantagens competitivas”, acrescentou.

Embora a GenAI seja vista como uma possível solução para aumentar a produtividade, as instituições bancárias estão divididas sobre como ela deve ser implementada para garantir o melhor retorno sobre o investimento. Apenas 50% dos líderes bancários consideram que a GenAI pode resolver as dificuldades atuais de produtividade. A otimização de custos também é uma prioridade para 49% das instituições, que procuram reduzir os seus orçamentos de TI através desta tecnologia.

A análise do relatório indica que há uma clara diferença de prioridades entre as regiões. Nos Estados Unidos, 59% dos bancos estão focados na redução dos orçamentos de TI, enquanto na Europa, 43% dos bancos têm a mesma prioridade. Em termos de aumento de produtividade, 46% dos bancos europeus destacam-no como o principal objetivo, enquanto os bancos norte-americanos e da região APAC atribuem ainda mais importância a esse aspeto.

A NTT DATA identificou também uma grande variação nas estratégias adotadas pelos bancos ao redor do mundo. Cerca de 51% das instituições financeiras preferem uma abordagem de colaboração entre humanos e IA, enquanto 47% optam por uma solução híbrida que integra sistemas existentes. No entanto, mais de um quarto (28%) dos bancos pretende automatizar completamente as tarefas, eliminando a necessidade de intervenção manual. Este enfoque na automação total é mais comum nas Américas e no Japão, onde, respetivamente, 32% e 35% dos bancos estão a seguir este caminho.

 

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