Viajar para o Reino Unido tem novas regras a partir de hoje. Saiba o que muda

A partir de hoje, todos os turistas que pretendam entrar em Inglaterra, Escócia, País de Gales ou Irlanda do Norte terão de solicitar, antecipadamente, uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA, na sigla em inglês). A medida, implementada pelo governo britânico, alarga a obrigatoriedade deste documento a nacionais europeus que até agora estavam isentos.

Pedro Gonçalves
Abril 1, 2025
5:50

A partir de hoje, 1 de abril, todos os turistas que pretendam entrar em Inglaterra, Escócia, País de Gales ou Irlanda do Norte terão de solicitar, antecipadamente, uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA, na sigla em inglês). A medida, implementada pelo governo britânico, alarga a obrigatoriedade deste documento a nacionais europeus que até agora estavam isentos.

O que é a ETA e quem precisa de uma?
A ETA é uma permissão digital que autoriza um viajante a deslocar-se para o Reino Unido. No entanto, não se trata de um visto e não garante a entrada no país — apenas permite o embarque com destino ao Reino Unido.

Atualmente, a exigência da ETA aplica-se a todos os viajantes que não necessitem de visto para estadias de curta duração e que também não possuam um estatuto de imigração no Reino Unido.

Estão isentos da obrigação de solicitar a ETA:

  • Titulares de visto britânico;
  • Pessoas com autorização para residir, trabalhar ou estudar no Reino Unido, incluindo aqueles com estatuto de residência estabelecida ou preestabelecida;
  • Cidadãos britânicos e irlandeses;
  • Passageiros em trânsito que não passem pelo controlo fronteiriço;
  • Pessoas que viajem com passaporte de territórios ultramarinos britânicos;
  • Residentes na Irlanda que viajem a partir da própria Irlanda, Guernsey, Jersey ou Ilha de Man;
  • Crianças em viagens escolares organizadas entre França e Reino Unido;
  • Pessoas com isenção de controlo de imigração.

Os cidadãos com dupla nacionalidade que possuam passaporte britânico ou irlandês também estão dispensados de pedir a ETA.

Quanto custa e como solicitar a ETA?

O custo inicial da ETA era de 10 libras esterlinas (€11,70), mas o governo britânico anunciou que o valor subirá para 16 libras (€18,70) a partir de abril.

O pedido pode ser feito através da aplicação UK ETA ou no site oficial do governo do Reino Unido. A maioria dos pedidos recebe uma resposta em poucos minutos, mas é recomendado que os viajantes solicitem a autorização com pelo menos três dias útis de antecedência, pois algumas candidaturas podem necessitar de revisão adicional.

O processo de candidatura inclui:

  • Pagamento da taxa;
  • Fornecimento de detalhes de contacto e passaporte;
  • Submissão de uma fotografia válida;
  • Resposta a um questionário sobre elegibilidade e antecedentes criminais.

É fundamental que o passaporte utilizado para viajar seja o mesmo que foi utilizado para completar a candidatura da ETA.

O que acontece se a ETA não for aprovada antes da viagem?

Desde que o pedido tenha sido feito antes da partida, os viajantes podem embarcar para o Reino Unido enquanto aguardam a decisão sobre a ETA.

Caso a candidatura seja rejeitada, o requerente será informado do motivo da recusa. Não há possibilidade de recurso, mas é possível submeter uma nova candidatura. Se a rejeição persistir, a única alternativa será solicitar um visto para viajar ao Reino Unido.

A ETA é necessária para quem faz escala no Reino Unido?

Passageiros em trânsito que não passem pelo controlo fronteiriço estão isentos de ETA. No entanto, recomenda-se que os viajantes confirmem com a sua companhia aérea se a sua situação requer esta autorização.

Qual a validade da ETA?

A ETA é válida por dois anos e permite múltiplas entradas no Reino Unido, com estadias máximas de seis meses por visita. No entanto, se o passaporte do titular expirar antes desse período, a autorização também se torna inválida.

Qual o objetivo da ETA?

De acordo com o Ministério do Interior britânico, a introdução deste sistema visa reforçar a segurança das fronteiras e melhorar o controlo sobre quem entra no país. Os requerentes são obrigados a fornecer dados biográficos, biométricos e de contacto, além de responder a questões sobre a sua idoneidade e histórico criminal.

O governo britânico pretende, assim, obter mais informação sobre os visitantes antes da sua chegada ao Reino Unido e prevenir a entrada de indivíduos que possam representar uma ameaça à segurança nacional.

Com a entrada em vigor destas novas regras, os viajantes europeus devem preparar-se para cumprir este novo requisito ao planear visitas ao Reino Unido.

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