Com a aproximação do verão, os gelados costumam assumir um papel central nas preferências de consumo da época. No entanto, este ano, os consumidores podem ser confrontados com um aumento significativo de preços, motivado sobretudo pela valorização de um ingrediente essencial: o óleo de coco. O alerta foi lançado numa publicação da conta @directopaladar, na rede social TikTok, que já conta com cerca de 4.000 visualizações e mais de 100 gostos.
“O olho que os gelados se vão tornar muito caros este verão, e a culpa é do óleo de coco”, afirma o autor do vídeo, sublinhando que este produto é um componente-chave na produção industrial de gelados. De acordo com a explicação fornecida, o preço do óleo de coco tem sofrido uma escalada nos mercados grossistas, com tendência para continuar a subir à medida que aumenta a procura global.
@directopaladar Los helados van a ser más caros este verano. Y hay un culpable claro. #helados #aceitedecoco #actualidad #industriaalimentaria #tecuentodap #directoalpaladar ♬ cool water – dayaway
A origem do problema reside, em grande parte, nos impactos de fenómenos meteorológicos adversos que afetaram as colheitas nos principais países produtores, como a Indonésia, a Índia e as Filipinas. Estes três países representam, em conjunto, cerca de 45% da produção mundial de óleo de coco. A quebra na produção está assim a pressionar os preços, refletindo-se diretamente nos custos da indústria alimentar.
Mas há outros fatores a contribuir para a subida. O óleo de coco está cada vez mais em voga, tanto como suplemento alimentar associado a dietas de emagrecimento, como na indústria cosmética e de cuidados pessoais. Esta tendência, segundo o autor do vídeo, tem provocado uma forte subida da procura, que encarece ainda mais o produto. “Está na moda para emagrecer e é muito usado na cosmética, o que está a disparar a procura”, explica.
Por fim, há ainda um novo concorrente no mercado do coco: o biodiesel. “O biodiesel é o novo competidor pelos cocos”, diz o responsável da conta @directopaladar, salientando que esta nova utilização da matéria-prima contribui para uma escassez agravada. O resultado? “O impacto chega ao consumidor final, por isso este verão teremos gelados muito mais caros”, conclui. A tendência levanta preocupações para os consumidores e para o setor da restauração e retalho alimentar, que poderá ter de ajustar preços e margens face ao novo cenário.
