Tesla tem a maior taxa de acidentes mortais entre marcas automóveis, conclui estudo
“Os Tesla são os carros mais seguros na estrada, mas a maioria das pessoas não sabe disso”, referiu Elon Musk, CEO da Tesla, na rede social ‘X’: o multibilionário tem-se gabado de que os seus veículos “são concebidos para serem os mais seguros do mundo”.
Teslas are the safest cars on the road, but most people don’t know that
— Elon Musk (@elonmusk) January 20, 2023
Mas embora os carros da Tesla recebam rotineiramente as melhores classificações de segurança, incluindo da National Highway Traffic Safety Administration, dos Estados Unidos, as estatísticas de acidentes mostraram que a marca tem a maior taxa de acidentes em que pelo menos um ocupante do carro morre, de acordo com um novo relatório da empresa auto ‘iSeeCars’ – que pode consultar aqui.
O estudo analisou as colisões fatais de 2017 a 2022 – com modelos de automóveis de 2018 a 2022 – e identificou o Tesla Model S e o Tesla Model Y como dois dos automóveis mais perigosos na estrada em termos de taxa de mortalidade dos ocupantes. Embora os modelos da Hyundai, Chevrolet, Mitsubishi, Porsche e Honda ocupassem os cinco primeiros lugares da lista, o Tesla Model Y ficou em sexto lugar, com uma taxa de acidentes fatais 3,7 vezes superior à média – já a taxa do Model S é o dobro da de um automóvel médio.
A empresa automóvel de Elon Musk teve 5,6 acidentes fatais por mil milhões de quilómetros percorridos pelos seus veículos, superando por pouco a Kia, com 5,5 por mil milhões de quilómetros, como a marca com a maior taxa geral de acidentes mortais. Isto, segundo observou o estudo da ‘iSeeCars’, “apesar da tecnologia avançada de assistência ao condutor da Tesla”, com características que incluem o chamado piloto automático e condução totalmente autónoma (FSD), que visam reduzir o erro humano.
Karl Brauer, analista executivo da ‘iSeeCars’, afirmou no relatório que os automóveis novos em geral estão mais seguros do que nunca e que a maioria dos modelos de veículos das suas listas “receberam excelentes classificações de segurança, apresentando um bom desempenho nos testes de colisão”. Por isso, acrescentou, as elevadas taxas de acidentes provavelmente “refletem uma combinação do comportamento do condutor e das condições de condução”.
Segundo o especialista, em todos os setores da indústria automóvel, as características de segurança melhoradas “estão a ser contrabalançadas pela distração ao volante e por taxas de velocidade mais elevadas, levando ao aumento das taxas de acidentes e mortes nos últimos anos”. Ou seja, a conclusão é óbvia: não importa quão bem feito é, um carro não pode compensar uma pessoa irresponsável no lugar do condutor.