“Rússia não quer a paz”: UE avisa que vai responder se a Coreia do Norte lutar com russos na Ucrânia
A União Europeia alertou, esta sexta-feira, que responderá à Coreia do Norte se esta intervir na guerra na Ucrânia, depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter alertado que 10 mil soldados norte-coreanos estão em território ocupado pela Rússia e prontos para lutar no conflito ao lado das tropas russas.
“Tomámos nota dos relatórios relativos ao possível envolvimento de tropas norte-coreanas na Ucrânia. Se confirmado, isso representaria um aumento significativo na relação militar com a Rússia, desafiando ainda mais o direito internacional, e ilustra mais uma vez que é a Rússia quem intensifica a escalada da guerra e a sua agressão, com a participação ativa dos seus aliados”, referiu o porta-voz dos Negócios Estrangeiros da UE, Peter Stano, citado pela publicação ‘Europa Press’.
O responsável sublinhou a preocupação europeia com a intensificação da cooperação militar e das transferências de armas entre Pyongyang e Moscovo, sublinhando que o apoio contínuo da Coreia do Norte “receberá uma resposta adequada” do bloco europeu.
Para a diplomacia europeia, este passo mostraria que a Rússia tem uma posição desonesta no que diz respeito ao sentar-se para negociar o fim do conflito, mas também mostraria que não tem qualquer interesse real na paz. “Pelo contrário, a Rússia procura desesperadamente qualquer assistência para a sua agressão ilegal, inclusive de atores que estão a perturbar gravemente a paz e a segurança globais”, acrescentou Stano.
Para a UE, o facto de a Rússia recorrer ao regime de Kim Jong-Un reflete “a verdadeira fraqueza” de Moscovo, “o seu crescente isolamento” e a “eficácia das medidas restritivas da UE contra a Rússia”.