Reunião dos trabalhadores afetou maioria de serviços de Finanças de manhã, revela sindicato

A reunião convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) provocou hoje de manhã constrangimentos e o encerramento da “maior parte” dos serviços locais de Finanças, com o apelo a “mais formas de luta” em 2025, adiantou.

“Milhares de trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) provocaram o fecho e constrangimentos, esta manhã, na maior parte dos serviços locais de finanças por todo o país (no total existem cerca de 300), ao participarem numa reunião convocada pelo STI”, disse o sindicato, num comunicado.

De acordo com a estrutura sindical, no plenário desta manhã, “os trabalhadores incentivaram o STI a avançar em 2025 com mais formas de luta, para lá da paralisação convocada para estas quinta e sexta-feira”.

O STI assegurou que “a adesão massiva a esta reunião, foi uma espécie de ensaio para a greve desta semana, já que demonstra o descontentamento enorme que se vive no setor, com os trabalhadores a sentirem que o Governo os ignora e que não tem dado atenção (nem resposta) às suas reivindicações, restando-lhes que seja o STI a lutar para a resolução dos problemas” que dizem existiram na AT ao longo das últimas legislaturas.

O STI aponta a “ausência de autoridade, falta de pessoal, de equipamentos, sem saúde e segurança no trabalho, sem respeito, sem dignidade, com os trabalhadores a sentirem cada vez mais ‘burnout’ [Síndrome do Esgotamento Profissional], pressão diária insuportável, regras obtusas na progressão das carreiras e acesso a cargos, incompetência na gestão e objetivos sufocantes”.

O sindicato lembrou que convocou uma greve para 19 e 20 de dezembro (quinta e sexta-feira) e, “no primeiro dia da paralisação vaticina que haverá uma manifestação histórica – a maior de sempre na AT e também realizada pelo sindicato”.

“O Governo julga que as pessoas estão muito acomodadas, mas não estão”, alertou, destacando que “a paralisação desta semana é apenas mais um cartão amarelo” que irão mostrar à tutela, “tendo esperança que esta compreenda que é agora que tem a oportunidade para resolver o problema e não continuar a empurrar com a barriga para frente”.

No entanto, caso não vejam as reivindicações atendidas haverá um “2025 muito complicado na AT”, lamentaram, realçando que não é essa a sua vontade.

“Mas sem diálogo, teremos de avançar com outras formas de luta mais musculadas”, concluíram.