Luís Montenegro negou, esta terça-feira, qualquer hipótese de uma coligação com o Partido Socialista e Chega após as eleições legislativas antecipadas marcadas para 10 de março.
“Espero ter condições de governabilidade entregues pelo povo português. Mas se não tiver, se por acaso o PSD não tiver maioria absoluta no Parlamento, teremos de encontrar o reforço da sua posição. Sendo certo que não se vai coligar nem com PS nem com o Chega, isso está absolutamente esclarecido”, frisou o presidente do PSD.
No caso de uma vitória eleitoral socialista, o PSD estará disponível para uma coligação? “Não me passa pela cabeça um bloco central e não há necessidade de tal Governo nos próximos anos em Portugal. Sob a minha liderança no PSD, isso não acontecerá seguramente”, reforçou.
“Mesmo assim, se não houver maioria absoluta, terão de ser esses partidos a tomar uma posição. Ou dar condições de governabilidade ao Governo ou então deitá-lo abaixo. É bom que as pessoas saibam que isso só acontecerá se Chega e PS estiverem de mãos dadas”, referiu Montenegro. “Nessa circunstância o Governo só pode ver o seu programa rejeitado se o voto for em conluio político entre o PS e o Chega”, reforçou.
“Aquilo que pergunto é: os outros putativos candidatos a primeiro-ministro governam se não ganharem as eleições? Era bom saber. Porque a primeira e única vez em que isso aconteceu o povo não foi informado previamente. Dentro do espírito de entendimentos políticos, o PS está disponível para se coligar com o Partido Comunista que ainda recentemente titubeou relativamente à invasão da Ucrânia. Se se vai coligar com o BE que tem uma postura anti-NATO?”, referiu o presidente do PSD.
Uma sondagem esta terça-feira revelou que se as eleições legislativas antecipadas fossem realizadas agora, o PS sairia vencedor, independentemente do rosto que encabeçará a candidatura socialista. No entanto, o resultado negativo não tira o sono a Luís Montenegro.
“Temos tidos sondagens para todos os gostos: umas que nos são mais positivas, outras menos positivas. Nem fico deprimido quando são menos boas nem fico eufórico quando elas são melhores. O que quero fazer é todos os dias, até 10 de março, percorrer todos os cantos deste país e tentar readquirir para o PSD um nível de confiança dos eleitores que nos permita ter um Governo estável para os próximos quatro anos”, concluiu.














