Portugueses em desespero fazem queixas contra a banca subir 17% em 2023: saiba os principais motivos das reclamações

Os portugueses queixam-se cada vez mais dos seus bancos: de acordo com a ‘Imovendo’, as reclamações subiram em 2023 17% face a 2022, para mais de 7 mil queixas, sendo que a principal causa assentou na subida dos juros.

O inquérito da ‘Imovendo’’ junto de 14.749 compradores, proprietários e consultores imobiliários, entre os dias 5 e 9 de fevereiro, indicou ainda outras causas: a falta de transparência dos contratos e inflexibilidade dos bancos, já que metade dos portugueses atribuíram à bonificação dos juros e à prestação fixa uma garantia de estabilidade financeira.

Assim, esmagadores 79,5% dos inquiridos garantiram que 2023 foi representado por quebras sucessivas no financiamento: quando as taxas de juro aumentam, 71,7% dos inquiridos sublinhou que a postura dos proprietários é renegociar o crédito, contrastando com os 17,4% que disseram que o caminho comum é colocar a casa à venda.

Com a dificuldade assumida de acesso a crédito habitação, a maioria (57,8%) acredita que vai haver mais casas à venda, enquanto 17,8% afirma que o número das vendas será idêntico e apenas 13,3% prevê uma redução do número de imóveis no mercado.

No que toca ao preço das casas, os portugueses dividem-se: 40% acha que o valor vai baixar, 35,6% acredita numa estabilização, 15,6% não prevê consequências e apenas 8,9% diz que vão aumentar.

De acordo com a sondagem, a maioria dos inquiridos (67,8%) defendeu também que as taxas de juro vão baixar, mas continuar demasiado altas, enquanto 15,3% não acredita na sua diminuição, o que demonstra o desalento dos portugueses na dura realidade imobiliária que o país atravessa.

“Verificou-se que a maioria dos portugueses (65,1%) evidencia que 2023 foi um mau ano para comprar casa, pelo que esperemos que 2024 reverta esta tendência, traduzindo-se em mais e melhores condições de habitação para os cidadãos”, concluiu Miguel Mascarenhas, CEO da ‘Imovendo’.