Uma nova variante de mpox “altamente transmissível”, que se acredita estar por trás de uma nova onda de casos, tem feito soar os alarmes das autoridades de saúde: de acordo com os especialistas, esta variante está a espalhar-se na República Democrática do Congo e é descendente da variante mais morte da clade 1a da mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, que mata até 10% dos pacientes, mais do que qualquer outra variante dos últimos meses.
Segundo o tabloide britânico ‘Daily Mail’, as autoridades estão preocupadas porque a nova versão carrega uma mutação conhecida como APOBEC3, o que a torna mais infeciosa do que a sua antecessora. Os cientistas garantiram que a mesma mutação foi observada na variante clade 1b, que se espalhou pela Europa e Ásia no ano passado. Os especialistas alertaram que é necessária uma ação rápida da comunidade internacional para ajudar a evitar qualquer possível surto da nova variante.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que foram registados neste ano mais de 2.063 casos de mpox, com quatro mortes. No entanto, ainda não está claro quantos casos e mortes terá sido responsabilidade da variante mutante clade 1a.
“Vimos uma nova variante da clade 1a com APOBEC3 que, diferente da antiga variante 1a, tem alto potencial para maior transmissibilidade”, apontou Ngashi Ngongo, chefe da equipa de gestão de incidentes de mpox no Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África). A OMS reforçou o alerta: “O entendimento atual é que a clade 1 leva a doenças mais graves e morte do que a clade 2 nas populações onde é endémico.”
A maioria das infeções da clade 1a foram associadas a contaminações de animais, com transmissão limitada de humano para humano em ambientes de contacto próximo.
