O navio que bateu na ponte Francis Scott Key, em Baltimore, volta a flutuar esta segunda-feira, depois de ter ficado preso por quase oito semanas. O ‘Dali’ foi movido por rebocadores “sob condições ambientais favoráveis”, segundo avança o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA.
O ‘Dali’, a 26 de março, causou o colapso da ponte e matou seis trabalhadores da construção civil. O navio perdeu potência antes de sair do curso e atingir a ponte. A colisão enviou cerca de 4 mil toneladas de detritos para o rio Patapsco e prendeu o barco. Ainda está em andamento uma investigação sobre o incidente.
O navio de 948 pés (289 m) permaneceu no local e estava coberto de sucata da ponte, até que uma demolição controlada na semana passada removeu alguns dos destroços. Um total de 21 tripulantes, a maioria deles indianos, ficaram a bordo do navio, com os seus telefones confiscados pelo FBI e uma comunicação limitada com a costa. Recorde-se que o FBI e o National Transportation Safety Board (NTSB) estão a investigar o colapso.
A cidade de Baltimore processou os proprietários do navio, Grace Ocean Private Limited, e a sua administradora, Synergy Marine Private Limited, alegando negligência grave e imprudência. As empresas pediram a um tribunal que limitasse a sua responsabilidade pelo incidente.
As autoridades do estado de Maryland estimam que custará até 1,9 mil milhões de dólares e levará mais de quatro anos para reconstruir a ponte.
A ponte Francis Scott Key (batizada em homenagem ao autor da letra do hino dos Estados Unidos) era a maior desta cidade do estado de Maryland, com 2.632 metros de comprimento, e suportava a passagem de mais de 11 milhões de veículos por ano.
Imortalizada na série norte-americana “The Wire”, começou a ser construída sobre o rio Patapsco em 1972 e foi inaugurada em 23 de março de 1977.














