“Não é muito nem é pouco, são os almoços necessários”: Isaltino Morais nega irregularidades na Câmara de Oeiras

As buscas desta quinta-feira à Câmara Municipal de Oeiras levaram Isaltino Morais a garantir que os almoços sob investigação “são perfeitamente normais”. “Fazer esses almoços é como fazer estradas ou excursões com os idosos”, aponta.

“Souberam primeiro do que eu, não preciso de confirmar”, começa por dizer o autarca. “O que esta busca está a fazer é na sequência de uma notícia que veio num órgão de comunicação social [revista ‘Sábado’], e de denúncias a propósito desses almoços”, indica Isaltino Morais. “Naturalmente estamos a falar de decisões meramente administrativas.”

“Foram várias as câmaras a quem o órgão de comunicação social solicitou informações. A única que respondeu foi a Câmara de Oeiras, por isso é a única que está a ser objeto de buscas”, descreve.

“Os almoços são prática comum, fazem parte da atividade administrativa normal, o montante tem a ver com o facto de as contas serem a seis anos seguidos. A atividade administrativa é diferente”, indica o autarca, negando a existência de faturas de almoços com as mesmas datas. “O que há uma fatura de um lanche no dia da inauguração da exposição do World Press Photo, no Parque dos Poetas, e no mesmo dia houve um jantar com o presidente de um município estrangeiro do PALOP”, garante.

Sobre os valores apontados, Isaltino Morais salienta que “não é muito nem é pouco, são almoços necessários, em que juntam entre 10 e 20 pessoas. A maior parte dos almoços eu não estou presente”, remata, negando serem valores elevados. “Isso é na sua opinião”, indica, em resposta aos jornalistas.

A Câmara de Oeiras afirmou, logo pela manhã, que está a colaborar com as autoridades. “Que remédio, quem é que não colabora. As pessoas são obrigadas a colaborar, porque quem não colabora vai preso. Toda a informação está a ser prestada”, conclui.

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