Morte de Marielle Franco: Homicida diz que ex-deputado Domingos Brazão foi o mandante do crime
Ronnie Lessa, o autor dos disparos que, em março de 2018 mataram a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e o motorista desta, afirma que agiu a mando do empresário e ex-deputado do Rio de Janeiro Domingos Brazão.
A informação é avançada pelo próprio ao jornal The Intercept Brasil. sendo que Brazão ainda não se pronunciou sobre as acusações, que também não foram confirmadas pela polícia brasileira.
Em reportagem, Lessa afirma que decidiu colaborar com as autoridades nos últimos dias, após quase três anos preso pela morte de Marielle. O autor dos disparos fez o percurso feito pelo condutor do veículo de onde foram disparados os tiros fatais, que no entanto disse, na altura, desconhecer quem tinha encomendado a execução da vereadora.
Brazão, de 58 anos, foi deputado pelo MDB, partido de centro-direita a que também pertenceu o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Considerado um “colecionador de processos”, pela imprensa brasileira, já em 2017 viu-se envolvido na Operação Quinto de Ouro, uma sucedânea da Lava Jato e chegou a ser detido. Já em 2020 chegou a ser apontado como um dos suspeitos da morte de Marielle Franco pela juíza do Supremo Laurita Vaz, mas sempre negou qualquer envolvimento no caso.
Um dos motivos que estará por trás do crime seria uma motivação do ex-deputado contra Marcelo Freixo, rival político e mentor de Marielle no PSOL que hoje está no PT de Lula da Silva, também relacionada com um caro de liderança de um órgão público de turismo.
Freixo presidiu à Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, que citou Brazão em 2008, e também foi uma das figuras que desencadeou a Operação Cadeia Velha, que levou à detenção de amigos e aliados de Brazão, poucos meses antes de Marielle Franco ser assassinada.