A consultora imobiliária Savills prevê que o ano de 2022 marque o regresso do mercado aos níveis anteriores à pandemia de covid-19, tanto nos segmentos de arrendamento como investimento, segundo um estudo hoje divulgado.
“O ano de 2022 deverá ficar marcado pelo regresso dos mercados imobiliários em todo o mundo aos níveis de ‘performance’ pré-pandemia, quer em termos de arrendamento, quer de investimento”, pode ler-se no estudo Impacts 2021, hoje conhecido.
A Savills estima que “o segmento de escritórios seja a principal força motriz por detrás da recuperação do setor, e que, a nível global, as empresas tecnológicas sejam os principais responsáveis pelo fortalecimento deste segmento imobiliário, designadamente através do arrendamento”.
Em Lisboa, estima-se que o segmento “seja capaz de captar 35% do total de investimentos no mercado imobiliário português, colocando a capital do país ao nível de cidades como Madrid e Milão”.
A consultora avaliou também os impactos da evolução do mercado de trabalho, antecipando que o teletrabalho não representa “o fim dos escritórios”.
“A Savills prevê que o teletrabalho não ditará o fim dos escritórios, mas que potenciará a emergência de novos modelos de trabalho, em que o escritório tradicional e os chamados ‘home offices’ [escritórios domésticos] desempenharão novos papéis num emergente paradigma híbrido”, de acordo com a consultora.
A empresa antecipa que “durante os próximos cinco anos, será possível observar a multiplicação de modelos de trabalho repartidos entre o escritório e a residência do trabalhador”.
De acordo com uma análise da Savills, também as preocupações climáticas se associam ao mercado imobiliário, já que “59 das 100 empresas com maior volume de receitas em todo o mundo já estabeleceram estratégias para redução de emissões de CO2 [dióxido de carbono]”.
“É com crescente importância que os investidores olham para os riscos físicos a que os seus ativos estão expostos, e as políticas municipais de mitigação dos efeitos das alterações climáticas nas cidades em que os seus imóveis estão localizados pesam cada vez mais na hora da tomada de decisão”, refere a consultora.














