Medina e Vieira da Silva afastam-se da corrida: José Luís Carneiro é o único candidato à liderança do PS

Presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho

Executive Digest com Lusa
Maio 23, 2025
8:37

O socialista Fernando Medina não será candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS), após a demissão de Pedro Nuno Santos na sequência dos resultados nas eleições legislativas de domingo conquistadas pela AD.

Também a socialista Mariana Vieira da Silva revelou esta noite que não vai apresentar uma candidatura à liderança do Partido Socialista (PS), sublinhando a necessidade de união no partido após a derrota nas eleições legislativas de domingo, conquistadas pela AD.

Em declarações ao canal Now, o ex-ministro das Finanças destacou que, após a pesada derrota nas legislativas de domingo, o partido deve “fazer uma reflexão profunda, lúcida e fria sobre o novo quadro político”.

“Creio que o lançamento de uma candidatura na segunda-feira [por José Luís Carneiro], iniciou um processo interno, no fundo contagem de espingardas, que inviabiliza que esse debate profundo se faça antes”, referiu.

Para Fernando Medina, a “dimensão da derrota” do PS exigia que o debate sobre o futuro do partido “fosse ‘despessoalizado’ das candidaturas”.

A ex-ministra dos governos de António Costa referiu, numa publicação na rede social Instagram, que nos últimos dias falou com “muitos militantes e simpatizantes do PS”, onde concluiu que existia espaço “para uma candidatura alternativa”.

Mariana Vieira da Silva lembrou que tem defendido que, perante os resultados nas legislativas e a demissão de Pedro Nuno Santos, era “o tempo do PS fazer um debate alargado e profundo sobre a estratégia a seguir e sobre a pessoa certa para a liderar”.

“[Mas] tendo em conta o calendário com que fomos confrontados — de estarmos a poucos meses de umas eleições autárquicas cujo tempo já tinha sido interrompido pelas legislativas—, entendemos ir ao encontro do apelo de unidade do partido, não apresentando uma candidatura que forçasse uma disputa interna em período eleitoral e prejudicasse a profunda reflexão que nos é exigida – para a qual estamos todos convocados”, sublinhou.

Fonte oficial dos socialistas adiantou à Lusa que presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.

De acordo com a mesma fonte, Carlos César ouviu nas últimas horas “diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral do partido” na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos do cargo.

Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante, de acordo com a mesma fonte.

Na segunda-feira, o antigo candidato à liderança socialista, José Luís Carneiro, assegurou que estará disponível para servir o PS e Portugal, considerando que o partido deve fazer “uma reflexão profunda” e abrir um novo ciclo, contribuindo para a estabilidade política.

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