Manifesto de militantes do PSD pressiona Montenegro a formar “maioria sólida” com o Chega

Sete militantes do PSD assinaram um manifesto em que apelam ao presidente do PSD, Luís Montenegro, para “colocar Portugal em primeiro lugar”, demonstrando “foco, responsabilidade e sentido de Estado” para “entender a importância de construir um Governo estável, com uma maioria sólida, que possa fazer as reformas de que o país precisa”.

Entre os subscritores do manifesto Portugal em Primeiro estão Rui Gomes da Silva, Miguel Corte-Real, Paulo Ramalheira Teixeira, Manuel Pinto Coelho, João Saracho de Almeida, Susana Faria e Paulo Jorge Teixeira.

Rui Gomes da Silva diz à TSF que as convicções pessoais de Montenegro não deviam condicionar um governo para 4 anos. Referindo-se ao ‘não é não’ sobre um possível acordo com o Chega, o antigo vice-presidente do PSD diz que são um “erro tremendo” as “linhas vermelhas determinadas pela liderança do PSD”.

“Penso que esta posição do PSD é uma posição que condenará o PSD a um partido minoritário, de charneira e irrelevante no fim deste governo, dure ele o tempo que durar”, acrescenta.

Já em declarações ao DN, Miguel Corte-Real disse que avançou com a iniciativa por “estar atormentado com a necessidade de termos um Governo estável”. O responsável pede que Montenegro “pare para fazer uma reflexão” e “perceba que pode governar quatro anos em estabilidade”. “Não me conformo com a possibilidade de o PSD optar por não construir uma maioria estável para fazer as reformas necessárias”, sublinha.

No manifesto, a que a TSF e o DN tiveram acesso, os sete subscritores deixam um alerta: “Quem não o quiser entender, quem não quiser dialogar, quem não quiser construir uma verdadeira alternativa não-socialista para Portugal, estará a fazer o jogo da esquerda, e desse lado, nós e muitos Portugueses, nunca estaremos. Só um acordo, que garanta um governo estável, com compromissos sólidos para 4 anos, coloca os interesses de Portugal em primeiro lugar.”

Os subscritores do manifesto dizem ser imperativo construir “uma solução governativa à direita, sem medos e muito menos condicionada por aquilo que deseja a extrema-esquerda”, pois a alternativa ao entendimento da Aliança Democrática (AD) com o Chega “é termos Governos sem estabilidade e de curto prazo, que em nada servirão os interesses do país”.

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