EUA já têm em operação primeiro contratorpedeiro com canhão a laser: veja o vídeo

‘USS Preble’ é um contratorpedeiro da classe Arleigh Burke que tem o canhão HELIOS instalado desde 2022, embora esta seja a primeira vez que é visto em operação

Francisco Laranjeira
Fevereiro 6, 2025
14:33

O Pentágono partilhou uma foto do seu novo canhão laser HELIOS de última geração, anotou esta quinta-feira a publicação espanhola ‘El Confidencial’: a imagem em questão corresponde a testes realizados em 2024, onde esta nova arma pode ser vista instalada no contratorpedeiro ‘USS Preble’ da Marinha dos EUA.

O ‘USS Preble’ é um contratorpedeiro da classe Arleigh Burke que tem o canhão HELIOS instalado desde 2022, embora esta seja a primeira vez que é visto em operação: o tiro de teste na foto, segundo o Exército dos EUA, foi disparado contra um drone de treino. Washington quer ter uma arma laser de baixo custo e alta potência disponível para combater ameaças modernas de guerra naval, como ataques de enxames de drones, aviões de ataque rápido e até mísseis.

Esses tipos de canhões não requerem munição e podem ser disparados quase ilimitadamente – pode ver o vídeo aqui -, mesmo que o navio tenha os seus motores ativos, o que torna o custo por lançamento infinitamente menor do que o de usar um míssil intercetador ou um canhão com munição cinética convencional.

O HELIOS (Laser de Alta Energia com Deslumbramento Ótico Integrado e Vigilância) foi desenvolvido pela gigante de defesa americana Lockheed Martin. Está integrado ao radar Aegis e ao sistema de controlo de fogo transportado por alguns navios de guerra americanos e dos seus aliados, como a Força de Autodefesa Marítima Japonesa, a Marinha Espanhola e a Marinha Real Australiana. O Aegis é responsável por identificar ameaças potenciais para que o operador possa designar alvos de ataque.

Quando o operador marca o alvo, o sistema encarrega-se de rastreá-lo com os seus próprios sensores e ótica, disparando o laser de 60 quilowatts que destrói o alvo com um feixe contínuo por vários segundos.

O sistema permite a destruição física e não física de ameaças: a destruição não física ataca os componentes eletrónicos dos alvos para impedir a comunicação com os seus operadores. “O sistema HELIOS, graças à sua alta capacidade de carga útil, baixo custo por impacto, velocidade de emissão de luz e precisão de resposta, pode responder às necessidades atuais da frota”, explicou a Lockheed Martin, “e a sua arquitetura madura e escalável permite maior potência do laser para lidar com novas ameaças no futuro”.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.