Espionagem russa e sabotagem na Europa agora são “mais prováveis”, alertam serviços de inteligência da Noruega
O chefe de espionagem da Noruega fez soar, esta terça-feira, o alarme sobre a sabotagem russa na Europa, avisando que o Kremlin está a tornar-se mais ousado na sua campanha de guerra híbrida.
“O nível de risco mudou”, destacou à agência ‘Reuters’ o vice-almirante Nils Andreas Stensones, chefe do Serviço de Inteligência norueguês. “Acreditamos que a sabotagem é mais provável, e vemos atos de sabotagem a acontecer na Europa agora, o que indica que eles se moveram um pouco nessa escala”, acrescentou, referindo-se a Moscovo.
As agências de inteligência ocidentais têm alertado cada vez mais sobre a ameaça de espionagem russa desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022: de acordo com algumas publicações, sabotadores russos terão ateado um fogo numa grande fábrica em Berlim que pertence a um fabricante de defesa em maio último, num esforço de interromper as remessas de armas para Kiev.
Também Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, criticou “a campanha russa de atividades hostis contra aliados da NATO” em junho, pouco depois de notícias de que agências de inteligência dos Estados Unidos e da Alemanha frustraram um plano russo para o assassinato do CEO do fabricante alemão de Defesa, Rheinmetall.
O Kremlin nega há muito tempo as acusações de que esteja por trás de tais atos de espionagem.