Ensaio. Peugeot 5008 e e-5008: o SUV topo de gama para toda a família
A Peugeot, uma das marcas mais antigas do setor automóvel, possui uma forte tradição no setor e no automobilismo e lança agora a nova geração do 5008, já sem motorizações diesel.
A marca teve uma origem diversificada, pois foi fundada em 1810 e inicialmente fabricava moinhos de café (ainda hoje estes utensílios são produzidos), bicicletas (reconhecidas mundialmente) e motos.
Em 1889 assume-se como uma marca automóvel, trazendo para o mercado várias novidades e inovações, com um veículo a vapor de três rodas, o desenvolvimento dos seus próprios motores, sistema de travagem dianteira e pioneira na introdução de tecnologias como o ABS e o airbag.
Posiciona-se com o símbolo do Leão para representar a força, flexibilidade e velocidade, características que ainda hoje pretende manter.
Mas é talvez empurrada pela primeira corrida entre Paris e Ruão em 22 de julho de 1894, pelo Paris Dakar – uma das corridas mais difíceis do mundo, e Le Mans (que ganhou por duas vezes) que a têm notabilizado ainda mais, demonstrado a sua capacidade de inovação, resistência/fiabilidade.
Não é uma marca “tradicional” pois ainda hoje mantém através do Peugeot Design Lab a ligação ao mundo do design e da moda (para criação de bicicletas, utensílios de cozinhas e até móveis).
Como marca com presença global, já em 1941 durante a 2ª Guerra Mundial lançou um primeiro automóvel elétrico destinado a áreas urbanas.
E, hoje, com a transição do setor automóvel e da legislação para um mercado automóvel com veículos sustentáveis e ambientalmente responsáveis, a marca soube dizer sim a esse pedido. O novo SUV topo de gama da marca – 5008 – encarna toda a visão, o savoir faire e a capacidade de inovação da Peugeot, assumindo-se como “o irmão mais velho do 3008” maior, mais largo.
Possui 7 lugares e pretende competir com modelos como o Hyundai Santa Fé e o Skoda Kodiac. Conta, para isso, com versões a gasolina (híbrida ou plug-in) – sim, não existe o diesel – e elétrica
Com um desenho futurista, quase de concept-car, mais “quadrado” em benefício do espaço interno e da praticidade. O ambiente futurista presente no exterior tem eco no interior, num modelo bem construído, muito tecnológico, volante pequeno e hexagonal, com ecrã de grandes dimensões que conjuga o painel de instrumentos e o ecrã central (21”). O i-cockipt pode não ser do agrado de todos mas do ponto de vista da posição de condução, cedo nos habituamos e apreciamos. Os dois écrans parecem flutuar contra um painel retroiluminado, auxiliado pelos botões de atalho digitais – “i-Toggles”.
O desenho dos bancos com uma perceção de luxo e qualidade que depois se compreende ser efetivo; a segunda fila com bancos deslizantes mais elevados que o normal, para permitir uma visibilidade da estrada e, a terceira fila, que permite acolher não só crianças mas também adultos. Quanto à bagageira, a vertente familiar é notória: 916L, quando estamos com lotação para cinco ocupantes, ou 348L quando se sentam 7 no habitáculo.
O modelo assenta na nova plataforma STLA-Medium, com uma versão híbrida, PHEV e elétrico (single motor). A versão dual motor com 320cv chega em 2025.
Já ao volante podemos destacar as qualidades do modelo: confortável, com uma dinâmica de condução que, não sendo um desportivo, se assume como um bom estradista, fazendo jus à tradição da marca.
Os preços iniciam-se nos €39.000 para a versão híbrida de 136cv, €46.150 para o PHEV com 195cv e o elétrico com um posicionamento de €49.000, 210cv e autonomia até 502km WLTP. Já a versão Long Range fica-se pelos €53.000 com 230cv e autonomia até 668km.