De Aitor a Wolfgang: São estes os nomes que terão as próximas tempestades de grande impacto

Já são conhecidos os nomes das tempestades de grande impacto para a temporada de 2024/2025, com Portugal a integrar o Grupo Sudoeste, responsável pela atribuição de nomes às depressões extratropicais que possam afetar a Europa. A lista de nomes, divulgada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), inclui Aitor, Herminia, Ivo e Vanda, entre outros. Este sistema de nomeação tem-se revelado eficaz na comunicação de riscos meteorológicos, facilitando a interação entre os serviços meteorológicos e as autoridades de proteção civil.

A Nova Lista de Nomes
A lista de nomes das tempestades para a temporada de 2024/2025 já está aprovada e inclui os seguintes:

Aitor, Berenice, Caetano, Dorothea, Enol, Floriane, Garoe, Herminia, Ivo, Jana, Konrad, Laurence, Martinho, Nuria, Olivier, Pauline, Rugiger, Salma, Timothee, Vanda, Wolfgang.

De acordo com o IPMA, “a nomeação de tempestades tem-se mostrado eficaz na comunicação da ocorrência destes fenómenos meteorológicos que trazem associadas situações de risco potencial para a vida e bens dos cidadãos”. Esta prática também melhora a colaboração entre os serviços meteorológicos e facilita a identificação e o estudo dos sistemas de baixas pressões à medida que se deslocam pela Europa.

Critérios de Nomeação de Tempestades
Para que uma tempestade receba um nome, é necessário que cumpra critérios específicos, como a emissão de avisos meteorológicos de nível laranja ou vermelho, dentro do sistema internacional de alerta MeteoAlarm. O principal fator para a nomeação é a força dos ventos, embora outros fenómenos meteorológicos, como a precipitação intensa, possam também ser considerados caso o impacto potencial seja severo.

O Grupo Sudoeste e a EUMETNET
A atribuição de nomes a tempestades na Europa é coordenada pela EUMETNET, uma rede que reúne 33 serviços meteorológicos europeus. Portugal, através do IPMA, faz parte do Grupo Sudoeste, que inclui também Espanha (AEMET), França (Météo-France), Luxemburgo (MeteoLux) e Bélgica (RMI). Este grupo é responsável pela nomeação das tempestades que afetam a sua área geográfica.

Atribuição de Nomes na Alemanha: Uma Tradição Antiga
Na Alemanha, a prática de atribuir nomes a depressões (sistemas de baixas pressões) e anticiclones (sistemas de altas pressões) remonta a 1954. Desde então, o Instituto de Meteorologia da Universidade Livre de Berlim tem nomeado os centros de ação que influenciam o clima na Europa Central. Inicialmente, as depressões recebiam nomes femininos, enquanto os anticiclones eram nomeados com nomes masculinos. Foram criadas listas pré-definidas de 260 nomes para cada género, que se renovavam quando esgotadas.

Evolução do Sistema de Nomeação
O atual sistema de atribuição de nomes a tempestades entrou em vigor a 1 de dezembro de 2017, fruto de um acordo entre os serviços meteorológicos de Portugal, Espanha e França. Mais tarde, a Bélgica e o Luxemburgo também se juntaram ao Grupo Sudoeste, alargando o âmbito de colaboração na nomeação e gestão de tempestades de grande impacto.

Este método de nomeação tem como objetivo melhorar a comunicação pública e a coordenação internacional, garantindo que a população está devidamente informada sobre eventos meteorológicos que podem representar riscos significativos.

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