Cientistas desenvolvem dispositivo que deteta vírus da Covid-19 numa sala em cinco minutos

Um novo dispositivo pode realizar um ‘scan’ a uma sala à procura do vírus da Covid-19 no ar e produzir um resultado em cerca de 5 minutos, indicou esta segunda-feira a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, num estudo publicado na revista científica ‘Nature Communications’ – tem 30 centímetros de largura e 25 centímetros de altura e acende se o vírus for detetado.

Apesar de a OMS ter declarado encerrada a emergência de saúde global em maio, mais de três anos após a sua deteção em Wuhan, na China, a preocupação mantém-se por uma doença que matou mais de sete milhões de pessoas e infetou cerca de 764 milhões. O dispositivo utiliza tecnologia de amostragem de aerossol e uma técnica de biossensor ultrassensível para aspirar o ar rapidamente e testá-lo em busca de partículas Covid-19.

Segundo os cientistas, é uma adaptação de um biossensor micro-imunoeletrodo criado originalmente para detetar o beta-amilóide como um biomarcador para a doença de Alzheimer. No kit original, um anticorpo que reconhece o beta amilóide foi trocado por um nanocorpo que reconhece a proteína spike do vírus SARS-CoV-2. Esse nanocorpo, uma versão menor e mais simplista de um anticorpo, é minúsculo, barato e fácil de produzir.

Até agora, o dispositivo foi criado apenas como uma prova de conceito, mas os resultados encorajadores significam que pode estar um passo mais perto de se tornar parte da luta contra a Covid-19 e outras doenças transmitidas pelo ar.

Os responsáveis, das Escolas de Engenharia e Medicina McKelvey da Universidade de Washington, referiram que, embora a Covid-19 tenha sido a primeira doença a ser detetada pelo produto, ele poderia ser usado para monitorizar os níveis de influenza, rinovírus, estafilococos ou estreptococos em hospitais e outros ambientes. “Não há nada no momento que nos diga o quão seguro é um quarto”, apontou John Cirrito, professor de neurologia na Faculdade de Medicina. “Se estiver numa sala com 100 pessoas, não quer descobrir cinco dias depois se pode ficar doente ou não. A ideia com este dispositivo é poder-se saber em tempo real, ou a cada cinco minutos, se há um vírus vivo.”






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