Certificados de Aforro: Saiba quando e como os pode resgatar

Os Certificados de Aforro continuam a ser uma opção de poupança dos portugueses, tendo estes aumentado 389,55 milhões de euros em julho, compensando o recuo nos certificados do Tesouro, revelam os dados do Banco de Portugal. Mas como e quando podem ser resgatados?

De acordo com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), os Certificados de Aforro são reembolsáveis um trimestre após a data da sua subscrição.

“Decorridos os primeiros três meses, os certificados poderão ser amortizados em qualquer altura. Contudo, deverá considerar-se o facto de existir capitalização trimestral, não sendo pagos juros decorridos entre a data da última capitalização e a data do resgate”, pode ler-se no site do IGCP.

E como posso fazer esse resgate? “O resgate de Certificados de Aforro pode ser efetuado pelo titular da conta aforro, pelos representantes legais de menor ou maior acompanhado, pelo movimentador designado na respetiva subscrição ou por procurador com poderes específicos para a prática do ato”.

O IGCP sublinha ainda que as “operações de resgate por transferência bancária serão transferidas única e exclusivamente para a conta bancária associada à conta aforro do titular ou no caso de contas exclusivamente com certificados de aforro das séries A e/ou B, para outra conta bancária comprovadamente titulada pelo titular aforrista”.

Além disso, “o resgate de Produtos de Aforro em numerário apenas pode ser efetuado pelo titular da conta aforro, e até ao limite máximo de 3.000,00 euros (três mil euros) por conta aforro e por dia”.

O stock dos certificados de aforro atingiu os 33.610,09 milhões de euros em julho, mostrando que, mesmo com o início da série F, que tem uma remuneração mais baixa, as famílias continuaram a mostrar interesse nestes produtos do Estado.

Recorde-se que a nova série de certificados de aforro, a ‘F’, começou a ser comercializada no passado dia 5 de junho, oferecendo uma taxa de juro base bruta de 2,5%, e têm um prazo máximo de 15 anos, findo o qual ‘regressam’ à conta bancária a que estão associados.

Estes estão igualmente fixados tendo em conta a média dos valores da Euribor a três meses “observados nos 10 dias úteis anteriores, sendo o resultado arredondado à terceira casa decimal”.

Desta fórmula não pode resultar uma taxa base inferior a 0% nem superior a 2,5%, o máximo que está agora em vigor.

Apesar do contínuo interesse pelos Certificados de Aforro, os Certificados do Tesouro estão a assistir a uma queda há 21 meses consecutivos, tendo em julho mais uma variação negativa, com o stock a cair 216,86 milhões de euros para 12.079,72 milhões de euros.