Black Friday: Queixas sobre ‘falsos descontos’ crescem e ASAE instaura quase 200 processos nos últimos 3 anos
São cada vez mais as lojas, marcas e plataformas a fazerem promoções de ‘Black Friday’, que oficialmente se assinala esta sexta-feira, mas que já traz descontos logo nas primeiras semanas de novembro. E ao mesmo tempo que aumentam as ofertas, aumentam também as queixas feitas pelos consumidores.
Segundo indica a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ao Jornal de Notícias, só entre 2020 e 2022 foram instaurados 184 processos relacionados com o desrespeito das regras de redução de preços. Desde o primeiro ano indicado, a ASAE fiscalizou um total de 1562 operadores económicos (entre plataformas online e lojas físicas), e aplicou 77 coimas, num valor total de quase 100 mil euros (96 950).
No Portal da Queixa também se regista um aumento nas denúncias relacionadas com os descontos da Black Friday. Em 2019 foram 262, no ano seguinte foram 416 e, em 2021, 709 reclamações. Já no ano passado contaram-se 866 reclamações na mesma plataforma, relacionadas com a Black Friday.
Só no último mês o Portal da Queixa assinala que já conta com 31 queixas, mais 24% que no mesmo período de 2022. Tecnologia e equipamentos eletrónicos são as categorias com mais reclamações, e precisamente os produtos mais procurados habitualmente nas promoções de novembro.
Para não se deixar enganar, a Deco apresenta alguns conselhos: comparar preços dos produtos em diferentes lojas antes de comprar, atentar à política de devoluções e trocas dos espaços comerciais, e ter cuidado com compras à distância que estabelecem um mínimo para oferecer portes de envio, e em que o consumidor acaba por poder ser levado a gastar mais do que o que inicialmente planeava.