Autonomia de 100 km e atua em enxame: Alemanha fornece 4 mil drones HX-2 com IA para ajudar Ucrânia a travar avanço russo

Por Francisco Laranjeira

A empresa alemã Helsing revelou esta quarta-feira o HX-2, um drone de ataque alimentado por Inteligência Artificial (IA), que será entregue às Forças de Defesa da Ucrânia, de acordo com o site da empresa.

Em 2024, a Rússia intensificou os seus ataques de drones na Ucrânia, utilizando vários tipos de UAV (‘Unmanned aerial vehicle’), incluindo Shaheds de fabrico iraniano, para atacar infraestrutura crítica e áreas urbanas. Por outro lado, a Ucrânia também aumentou as suas capacidades de drones, lançando ataques profundamente em território russo. Os ataques tiveram como alvo instalações militares e centros de logística.

O HX-2, com design de asa e cauda em formato de X, tem como objetivo atingir veículos blindados, artilharia e outros objetos militares, incluindo infraestrutura. O drone pesa 12 kg, é alimentado por um motor elétrico e tem alcance de até 100 km.

De acordo com a publicação ‘Militarnyi’, o HX-2, equipado com quatro motores elétricos na secção da cauda, ​​pode atingir uma velocidade máxima de 220 km por hora. Seu peso total permite uma carga útil de vários quilos.

Os responsáveis pelo seu desenvolvimento sustentaram que a Inteligência Artificial garante alta autonomia para drones, mesmo em condições de guerra eletrónica, permitindo que atinjam alvos inimigos com eficiência.

Além disso, vários drones HX-2 podem operar em enxame para executar missões de combate. Essa capacidade é possível por meio da integração ao sistema de controlo Altra da Helsing, que permite que um único operador faça a gestão de vários drones simultaneamente.

A Helsing confirmou que esses drones já estão em produção e que as principais tecnologias que eles empregam são ativamente utilizadas na Ucrânia – está prevista a entrega de 4 mil UAV a Kiev. Os drones de Helsing, conhecidos como “Mini-Tauruses”, têm um alcance quatro vezes maior do que os drones kamikaze usados ​​anteriormente na Ucrânia. O seu poder explosivo é suficiente para destruir tanques russos.

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