Autárquicas já ‘mexem’: há sete câmaras que podem mudar de cor política pela primeira vez desde 1976

As eleições autárquicas deste ano – que deverão ocorrer ou a 28 de setembro ou a 5 de outubro – vão procurar mudanças significativas no tecido político camarário em Portugal: isto porque, de acordo com o ‘Diário de Notícias’, há sete bastiões históricos em risco para PSD, PS e PCP. Das 24 câmaras nas mãos do mesmo partido desde 1976 – nove do PSD e PS e seis do PCP -, há 18 com presidentes com limites de mandatos.

São elas: PSD – Arcos de Valdevez, Boticas, Valpaços, Penedono, Oleiros, Santa Maria da Feira, Mação, Calheta e Câmara de Lobos; PS – Portimão, Olhão, Campo Maior, Gavião, Alenquer, Torres Vedras, Odivelas, Lourinhã e Condeixa-a-Nova; PCP – Avis, Arraiolos, Seixal, Palmela, Santiago do Cacém e Serpa. Destas, há até sete “de risco”, ou seja, que podem mudar de cor política pela primeira vez.

A “taxa de alternância” e a tendência de perda de autarquias por limite de mandato – que nas autárquicas de 2021 rondou os 22% e 44%, respetivamente – coloca 18 câmaras nesta situação.

Em Valpaços, Oleiros, Santa Maria da Feira e Câmara de Lobos, o PSD já procedeu à troca de presidentes nos últimos meses, um prática habitual de colocar o vice-presidente no poder para tentar garantir a continuidade. Oleiros é a autarquia em maior risco para os sociais-democratas, tal como Penedono.

O PS tem cinco bastiões no limite de mandatos – Olhão, Gavião, Alenquer, Lourinhã e Condeixa-a-Nova -, e duas autarquias “em risco”: Lourinhã e Condeixa-a-Nova podem enfrentar potenciais mudanças.

Por último o PCP, que vai ter quatro bastiões históricos com limitação de mandatos – Avis, Arraiolos, Seixal, Serpa, Palmela e Santiago do Cacém – e hipótese para a perda das duas últimas autarquias. Também Serpa pode mudar de mãos.