Arrendar uma casa em Cascais já custa, em média, mais de 3.000 euros por mês
Portugal atravessa atualmente uma grave crise na habitação, e os números cada vez mais revelam a discrepância entre o poder de compra dos portugueses e do valor das casas para arrendamento.
De acordo com o barómetro relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda, em Lisboa, do Imovirtual, em fevereiro de 2023, em comparação com o período homólogo do ano anterior, no que respeita aos imóveis para arrendar, verifica-se um aumento na renda média de 37%, estando 350 euros mais caro.
Apesar de se verificar uma ligeira estabilização dos valores médios, em fevereiro houve um aumento (+8%), fixando-se agora em 1.300 euros, comparado com o mês passado.
Focando no distrito de Lisboa, arrendar uma casa custa, em média, 1.767 euros, mais 5%, do que no mês passado, que custava 1.685 euros. Comparativamente com fevereiro de 2023, verificou-se que os preços subiram mais 317 euros (+22%), passando de 1.450 para 1.767 euros.
O maior aumento das rendas registou-se n Lourinhã (107%), Cascais (39%) e Vila Franca de Xira (31%), face ao período homólogo, com os valores a subirem para 1.450, 3.200€e 1.100 euros, respetivamente.
E Cascais continuam a ser dos concelhos mais caros para arrendar uma casa, com a renda média a situar-se nos 3.200 euros, seguido de Lisboa (1.800 euros) e Oeiras (1.767 euros).
No que respeita à venda, o preço médio de venda regista uma ligeira subida em fevereiro, em relação a janeiro (+2%), fixando-se em 325.000 euros. Em comparação com o período homólogo de 2023, que registou um valor médio de venda de 289.000 euros, há um aumento de +12%, com as casas a ficarem quase 36.000 euros mais caras.
Focando no distrito de Lisboa, comprar uma casa custa, em média, 449.900, sendo este o distrito mais caro do país.
Os concelhos que registaram um maior aumento no preço médio das casas, comparado com fevereiro de 2023, foram Sobral de Monte Agraço (+55%), onde os valores sobem de 179.900 para 287.000 euros e Arruda dos Vinhos (+33%, 200.000 euros para 265.000 euros).
Lisboa | Venda | Arrendamento | ||||
Concelho | Fev.-23 | Fev.-24 | Diferença | Fev.-23 | Fev.-24 | Diferença |
Alenquer | 170000 | 199900 | 18% | 790 | 787.5 | 0% |
Amadora | 206500 | 225000 | 9% | 900 | 1100 | 22% |
Arruda dos Vinhos | 200000 | 265000 | 33% | * | * | * |
Azambuja | 162000 | 178000 | 10% | * | * | * |
Cadaval | 198000 | 230000 | 16% | * | * | * |
Cascais | 855000 | 911000 | 7% | 2300 | 3200 | 39% |
Lisboa | 533600 | 550000 | 3% | 1600 | 1800 | 13% |
Loures | 349000 | 370000 | 6% | 1000 | 1300 | 30% |
Lourinhã | 300000 | 355000 | 18% | 700 | 1450 | 107% |
Mafra | 450000 | 454000 | 1% | 1200 | 1500 | 25% |
Odivelas | 309990 | 329000 | 6% | 1200 | 1425 | 19% |
Oeiras | 540000 | 570000 | 6% | 1400 | 1600 | 14% |
Sintra | 185000 | 220000 | 19% | 950 | 1200 | 26% |
Sobral de Monte Agraço | 179900 | 278000 | 55% | * | * | * |
Torres Vedras | 285000 | 310000 | 9% | 1050 | 1000 | -5% |
Vila Franca de Xira | 279900 | 270000 | -4% | 840 | 1100 | 31% |
Grand Total | 390000 | 449900 | 15% | 1450 | 1767.5 | 22% |