Aranhas, escuro ou palhaços: Conheça estas fobias na noite mais assustadora do ano
Todos os anos milhares de crianças (e adultos) se preparam por esta altura para a noite de 31 de Outubro. Este é um dia aguardado por muitos, sendo conhecido habitualmente como um momento de enorme divertimento. Doces, máscara, brincadeiras, tudo isto vale durante este conhecido feriado norte-americano, que é igualmente festejado um pouco por todo o mundo.
No entanto, para alguns, este mês é apenas um período de stress, ansiedade e terror generalizado. Não existe grande espaço para diversão.
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Sendo certo que todos podemos ter medo, a verdade é que alguns de nós têm algumas fobias que se diferenciam pela sua intensidade e consequências. Certas experiências traumáticas podem deixar marcas psicológicas difíceis de gerir. As influências socias e culturais podem igualmente contribuir para este problema.
Independentemente de como possam surgir, conheça agora algumas das fobias que são particularmente difíceis de gerir durante a época de Halloween.
- Coulrofobia: o medo de palhaços
Atualmente uma das máscaras mais populares é a do “palhaço assassino”. Se para qualquer um esta é uma imagem sempre algo assustadora e sinistra, para alguns esta máscara é sinónimo de verdadeiro terror
A coulrofobia corresponde a um medo de palhaços. Esta é uma personagem que pode mexer com os nossos instintos e sensações de seguranças devido ao facto de serem completamente fora da norma. Fingem emoções, assumem comportamentos erráticos e são altamente imprevisíveis – tudo fatores que vão contra o desejo de previsibilidade do nosso cérebro. O portal Psychology Today estima que cerca de 12% da população americana possa sofrer com este tipo de fobia.
- Nictofobia: o medo do escuro
Os seres humanos têm uma dificuldade grande a ver quando está escuro. Isto é algo que nos torna mais vulneráveis durante este período do dia. Não é assim de estranhar que a maior parte dos filmes de terror ocorram durante a noite.
A nictofobia – fobia do escuro – é influenciada por três importantes fatores: catastrofização, reconhecimento de padrões e sugestão. O facto de o nosso cérebro não ter a capacidade de identificar perigos (por não conseguir ver bem) determina que este assuma um constante modo de ansiedade que o prepare para o pior cenário possível. O escuro impossibilita igualmente a capacidade de identificar padrões familiares, estimulando, por outro lado, imagens sugestivas que nos podem enganar. Durante a noite temos uma maior tendência para esperar a qualquer altura um susto ou perigo mortal.
- Tafofobia: o medo de ser enterrado vivo
Antigamente este até não era considerado um receio irracional. A verdade é que a falta de conhecimento e de equipamentos médicos determinava que infelizmente muitas pessoas acabavam por ser declaradas morta e enterras antes do tempo.
O medo fundamental associado à tafofobia está associado a uma experiência de sofrimento prolongado que esteja na origem de uma forte solitária. Ser enterrado vivo combina todos estes elementos e vai contra tudo aquilo que caracteriza um animal social.
- Aracnofobia: o medo de aranhas
Este é provavelmente um dos animais mais associados a este período do ano. Uma pessoa que tenha uma fobia de aranhas tende a sentir-se ansiosa sempre que se encontra num local em que uma aranha possa estar. Ver este animal pode dar origem a uma enorme e descontrolada sensação de terror.
Muitos defendem que este receio algo comum está associado a um instinto de sobrevivência que nos leva a querer fugir de tudo aquilo que nos possa matar. E é certo que existem certas aranhas que o conseguem fazer.
Dada a quantidade de imagens e decoração relacionadas com este animal durante o Halloween é compreensível que estas pessoas desejem passar o mês de Outubro fechadas em casa.
- Tanatofobia: o medo da morte
Toda a tradição do Halloween está associada a possibilidade de contactar os mortos. Muitas culturas ancestrais celebram feriados em torno deste tópico. Lembrar a memória e o legado dos nossos antepassados pode ser um exercício bonito, no entanto, é algo que inevitavelmente nos relembra que todos vamos acabar por falecer.
Contemplar a nossa morte – e a dos que nos rodeiam – é algo que por vezes todos acabamos por fazer. No entanto para certas pessoas este tipo de pensamentos gera um estado intenso de ansiedade e medo que pode ter consequências graves no seu bem-estar. A sensação de vazio, de agitação e urgência toma conta de toda a sua existência. Este tipo de fobia está muitas vezes associado a outros tipos de medos, problemas e doenças.