Mais de 65% dos jovens portugueses optam por comprar carros em segunda mão, revela estudo

Em Portugal, o apego ao automóvel (86%) está acima da média global (83%), demonstrando que o carro continua a ser mais do que um simples meio de transporte

Automonitor
Setembro 30, 2025
13:01

Num momento em que se discutem as grandes transformações no setor automóvel, o estudo ‘Observador Cetelem’ Auto 2025, que incidiu sobre 14 países, vem demonstrar que os jovens continuam a valorizar a propriedade de automóveis: 8 em cada 10 jovens consideram o automóvel essencial no dia a dia e 1 em cada 2 não imagina a sua vida sem estes veículos.

Em Portugal, o apego ao automóvel (86%) está acima da média global (83%), demonstrando que o carro continua a ser mais do que um simples meio de transporte.

Sete em cada 10 jovens dizem gostar de conduzir, uma paixão que se mantém estável face aos dados de 2011. Habitantes urbanos, casais com filhos e condutores de veículos elétricos são os grupos que mais valorizam conduzir. Contudo, embora possam começar a obter a carta de condução 6 meses antes de completarem 18 anos, os jovens portugueses apenas o fazem a partir dessa idade, com a maioria (31%) a fazê-lo logo que atinge a maioridade. Já 15% obtêm a carta de condução após os 25 anos, em linha com a média global.

O preço continua a ser um obstáculo à aquisição de automóvel. O estudo revela que o preço médio de aquisição em Portugal (14.271€) está acima da média europeia (13.985€), o que leva 68% dos jovens portugueses a optarem por carros em segunda mão, um valor superior aos países europeus, só superado pela Polónia. Esta escolha é motivada por rendimentos mais baixos e maior sensibilidade ao custo.

Além disso, o estudo mostra que as marcas automóveis têm uma credibilidade sólida junto dos jovens, com 9 em cada 10 a atribuir importância à informação fornecida para a decisão de compra, após experimentarem o veículo; o que representa uma oportunidade para consolidar a ligação com este público através de soluções mais ecológicas, acessíveis e inovadoras.

Veículos elétricos e alternativas de transporte no futuro da mobilidade urbana

Mesmo com o automóvel a manter um lugar de destaque, os jovens mostram-se conscientes dos desafios ambientais e das exigências de mobilidade nas cidades. 1 em cada 2 jovens associa o automóvel ao aquecimento global, mas 84% acreditam que a tecnologia pode melhorar o impacto ambiental do setor automóvel. Para 6 em cada 10, os veículos elétricos substituirão os de combustão nas próximas décadas, reforçando a importância da inovação no setor.

Além de conduzir, os jovens preferem utilizar os transportes públicos no seu quotidiano (52%), especialmente quando residem em áreas urbanas. Por outro lado, os seniores dão prioridade a deslocar-se a pé (64%), possivelmente com a intenção de se manterem ativos, embora os jovens não deixem de valorizar esta atividade saudável (57%).

Os jovens valorizam igualmente cada vez mais formas alternativas de mobilidade, com destaque para a bicicleta, que se tornou popular entre 7 em cada 10 inquiridos. A partilha de boleias ocupa também um lugar na lista de mobilidades alternativas, com uma adesão superior a 50% entre os jovens, o que representa o dobro da percentagem registada entre os mais velhos, e é também de destacar que o aluguer, seja de automóveis ou bicicletas, que surge como uma opção atrativa em proporções bastante semelhantes, sendo que cerca de 1 em cada 3 jovens optam por esta alternativa.

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