O Conselho Português para os Refugiados anunciou que os refugiados, de várias nacionalidades, não só foram encontrados como alguns já fizeram os testes à Covid-19.
Em comunicado, o CPR explica «o SEF e CPR procederam à sua localização imediata, tendo alguns já efectuado o teste e estando outros em vias de o fazer». Sublinha ainda que estes cidadãos se encontram numa «situação regular» em Portugal.
De acordo com o “Correio da Manhã”, os homens ausentaram-se sem justificação do hostel Aykibom, na rua Morais Soares, em Lisboa, onde no domingo de manhã foram detectados 138 casos de Covid-19 e, por terem estado em contacto com infectados, deveriam estar em confinamento.
Citando fontes policiais e de proteção civil, o “CM” escreve que foram retiradas menos pessoas do hostel do que as que constavam na lista de requerentes de asilo que as diversas entidades (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, bombeiros, PSP e Proteção Civil de Lisboa), a quem o Conselho Português para os Refugiados (CPR) terá pedido ajuda para fazer a evacuação do hostel, tinham no início da operação.
A lista inicial, detalha o jornal, tinha 189 homens de países como a Gâmbia, Senegal, Somália, Marrocos, Paquistão ou Bangladesh, requerentes de asilo político e humanitário a Portugal. Segundo o “CM”, a Santa Casa da Misericórdia decidiu pagar-lhes estadia no hostel por falta de espaço no centro da Bobadela. Esta é uma situação na qual estão cerca de 800 dos 950 requerentes de asilo político monitorizados pelo CPR.
A nível global, segundo um balanço da “Agence France-Press”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 176 mil mortos e infectou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 567 mil doentes foram considerados curados.
Portugal regista, neste momento, 21.379 casos confirmados de infecção por Covid-19 (+516 do que ontem) e 762 vítimas mortais associadas ao novo coronavírus (+27), segundo o boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde desta terça-feira, dia 21 de Abril.
O Governo decretou o estado de emergência a 19 de Março, que já foi prorrogado duas vezes, estando previsto agora o seu fim a 2 de Maio. O diploma prevê a possibilidade de uma «abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais».
