O Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou em maio um valor recorde no número de dias relativos a ausências ao trabalho: 598.293 dias -, avança o “Público” na edição desta quinta-feira. É o registo mais alto desde janeiro de 2014, com exceção de dezembro de 2019, para o qual não há dados no Portal da Transparência, explica o jornal.
De acordo com os dados do Portal da Transparência, os dois principais motivos para os profissionais de saúde terem faltado foram doença e proteção na parentalidade.
A doença foi a justificação para 355.353 dias de ausência, sendo o acidente em serviço ou doença profissional a razão de 37.557 ausências, enquanto a protecção na parentalidade soma 184.082 dias.
“Há imensos profissionais de saúde infetados pela covid-19. E é preciso ter a noção de que maio foi provavelmente o mês em que as pessoas atingiram o pico de exaustão. Os profissionais de saúde estiveram disponíveis para trabalhar 24 horas, mas a adrenalina funciona no início, depois começa a ter efeitos negativos”, disse Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, ao ‘Público’.
Além de Maio, pode referir-se ainda que em Abril o número de dias por ausência no SNS foi de 532.441 e que em Junho foi de 546.178 – nestes três meses, os valores registados estão acima dos restantes anos.
