Exportações para EUA recuam 50 milhões de euros no 3.º trimestre

As exportações para os Estados Unidos recuaram 50 milhões de euros em termos homólogos no terceiro trimestre deste ano, para o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2023, informou hoje o INE.

Executive Digest com Lusa
Dezembro 10, 2025
12:50

As exportações para os Estados Unidos recuaram 50 milhões de euros em termos homólogos no terceiro trimestre deste ano, para o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2023, informou hoje o INE.

Em cadeia, as exportações de Portugal para os EUA diminuíram em 13 milhões de euros, o que se traduz numa queda de 1%, segundo uma análise do INE, que começou a ser feita no primeiro trimestre deste ano no contexto da política tarifária norte-americana.

Já as importações diminuíram 12 milhões de euros em termos homólogos (-2,0%) e 57 milhões de euros em cadeia (-8,6%), informa o gabinete de estatísticas.

O destaque tem também dados relativos ao acumulado do ano, sendo que nos primeiros nove meses de 2025, 6,2% das exportações portuguesas tiveram os Estados Unidos como destino e 2,2% das importações nacionais tiveram origem nesse país.

Os Estados Unidos continuaram, assim, a ser o quarto principal cliente, mas “recuaram uma posição enquanto fornecedor, para 10.º, o que já se verificava no final do 2.º trimestre deste ano”, nota.

Até setembro de 2025, as exportações portuguesas para o mercado norte-americano diminuíram 6,8%, enquanto as importações aumentaram 8,4%, face ao mesmo período de 2024 (respetivamente, -8,1% e +14,3%, no 1º semestre de 2025).

Segundo esta análise, entre as empresas portuguesas que exportaram bens para os Estados Unidos, “22,6% tinham um grau de exposição superior a 80% neste mercado (+2,1 p.p. que em 2024), correspondendo a 6,4% do valor das exportações nacionais” para este mercado.

Por outro lado, mais de metade das exportadoras nacionais que fornecem este mercado tinham o menor nível de exposição.

As empresas que exportam bens para os Estados Unidos representam 5,1% do valor total transacionado no Comércio Internacional de Bens, mas as exportações para os Estados Unidos representam apenas 10,2% do valor total exportado pelas empresas exportam bens para esse país.

O INE começou a fazer esta análise no arranque do ano, mas salienta que o contexto ainda está “marcado pela incerteza relacionada com a política tarifária norte-americana, a qual tem vindo, em certa medida, a influenciar os fluxos de comércio internacional”.

Este verão, a UE e os EUA atingiram um acordo político de comércio tarifário que estabelece uma tarifa de base de 15% sobre a maioria das exportações europeias para os Estados Unidos, incluindo setores como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos, com esse valor a servir como teto claro para os direitos aduaneiros.

Ao mesmo tempo foi acordada a eliminação das tarifas para produtos estratégicos.

Apesar disso, as tarifas sobre aço e alumínio permanecem em 50%, embora o acordo preveja a introdução futura de um sistema de contingentes para limitar essa sobretaxa.

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