Exploração de lítio em Portugal “não é viável” e pode ser uma “fraude”

Só num contexto extremo, em que acabem as reservas mundiais, é que as reservas nacionais são viáveis, defende Óscar Afonso.

Executive Digest
Fevereiro 10, 2020
22:17

A exploração de lítio em Portugal não é viável, afirma o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, em declarações à Renascença.

“A evolução dos preços, com a dimensão das reservas e com os custos fixos e variáveis associados ao projeto, não consigo perceber como é que pode ser viável”, afirma o professor da Faculdade de Economia do Porto.

Segundo o responsável, as reservas de lítio em Portugal são “insignificantes”, o que vai levar ao abandono precoce das explorações. E só num contexto extremo, em que acabem as reservas mundiais, é que o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude admite a aposta numa exploração, por exemplo, em Montalegre.

Perante este cenário, explica, a eventual utilização de fundos comunitários para a instalação em Portugal de uma refinaria de lítio pode ser entendida como uma fraude.

“Se eu achar que as pessoas sabem que aquilo não é rentável e mesmo assim avançam, porque o objetivo é aceder a fundos comunitários, que compensam isso e, portanto, não se importam, isso é uma coisa fraudulenta em relação às pessoas que lá vivem e em relação ao resto da Europa”, conclui o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude.

 

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