Vai decorrer esta quarta-feira a cerimónia de entrega do Nobel da Paz 2025, atribuído este ano à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, “pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia” no país latino-americano, segundo a decisão do Comité Nobel norueguês.
No entanto, o Instituto Nobel da Noruega já cancelou a conferência de imprensa prevista para a véspera da cerimónia. Em comunicado, o Instituto Nobel sublinhou que a líder da oposição venezuelana “afirmou em entrevistas quão desafiante será a viagem até Oslo”. A mesma nota acrescenta que, devido a estas circunstâncias, não é possível fornecer informações sobre “quando e como ela chegará para a cerimónia do Prémio Nobel da Paz”.
A entrega do prémio está agendada para quarta-feira, às 13h locais, na Câmara Municipal de Oslo. Segundo o diário espanhol ‘El País’, a indefinição sobre a chegada de Machado colocou a dirigente política “no centro das atenções do mundo”.
Com 58 anos, María Corina Machado está proibida desde 2014 de sair da Venezuela por decisão do Governo de Nicolás Maduro. A dirigente vive na clandestinidade desde Agosto de 2024, o que torna ainda mais difícil qualquer deslocação internacional.
A Aliança Norueguesa de Justiça Venezuelana, uma organização não-governamental (ONG) norueguesa que trabalha “pela liberdade, a democracia e os direitos humanos” na Venezuela, assume a organização do cortejo de tochas por Oslo deste ano. As suas origens remontam a 1954 e é tradicionalmente organizado pelo Conselho da Paz norueguês, uma das mais importantes entidades para o processo de pacificação neste país nórdico, que este ano se recusou por discordar da escolha da venezuelana María Corina Machado.
