O Governo do Canadá adicionou o Estado Islâmico de Moçambique (IEM) à lista federal de entidades terroristas, passando a reconhecer formalmente o grupo como filial do Estado Islâmico (EI) com atividade armada em Cabo Delgado.
No anúncio feito hoje, o ministro da Segurança Pública, Gary Anandasangaree, afirmou que a medida reforça a capacidade do país para atuar contra o extremismo violento, sobretudo na prevenção da radicalização de jovens.
“O risco representado pelo extremismo violento, ‘online’ e no terreno, é extremamente sério. Estes grupos visam especialmente jovens e pessoas vulneráveis e têm de ser detidos”, declarou, acrescentando: “Ao listá-los, ganhamos ferramentas mais eficazes para impedir a sua propaganda e atos de violência”.
Com a inclusão, o IEM passa a ter bens e ativos congelados automaticamente em território canadiano, sendo ilegal qualquer transação financeira ou apoio logístico às suas operações.
A designação também poderá ser utilizada por autoridades fronteiriças para decisões de admissibilidade no âmbito da lei de imigração.
O Governo sublinha que o Estado Islâmico de Moçambique é um braço oficial do EI, com objetivo declarado de substituir a autoridade governamental por um regime baseado na ‘sharia’ (lei islâmica), recorrendo à tomada territorial, infiltração de comunidades civis e ataques armados.
Além do IEM, foram igualmente listadas a 764, a Maniac Murder Cult e a Terrorgram Collective, redes extremistas descritas como transnacionais e ativas em plataformas digitais, onde promovem propaganda violenta e recrutamento.
O Canadá torna-se o primeiro país a classificar a 764 como organização terrorista.
Com estas adições, o número total de entidades catalogadas no Criminal Code do Canadá sobe para 90.














