A campanha nacional de vacinação sazonal contra a gripe e a Covid-19 para o outono-inverno 2025-2026 arranca esta terça-feira, em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e em farmácias comunitárias. A iniciativa prolonga-se até 30 de abril de 2026 e pretende reduzir a vulnerabilidade individual, a carga da doença e o impacto nos serviços de saúde.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacina contra a gripe de dose elevada estará disponível para todas as pessoas com 85 ou mais anos e para residentes em lares, instituições similares e unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
Uma das novidades desta campanha é a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os 6 e os 23 meses de idade. A decisão baseia-se em dados nacionais que mostram que esta faixa etária apresenta “taxas de hospitalização e de cuidados intensivos equiparáveis às registadas entre pessoas mais idosas”, segundo a DGS. Nestes casos, a vacinação será feita nas unidades do SNS.
As recomendações abrangem ainda:
- profissionais e utentes de lares, instituições similares e RNCCI,
- grávidas,
- profissionais dos serviços de saúde públicos e privados,
- estudantes em estágio clínico,
- bombeiros envolvidos no transporte de doentes,
- cuidadores de pessoas dependentes e profissionais da distribuição farmacêutica,
- pessoas em situação de sem-abrigo,
- população prisional.
Nas farmácias comunitárias, a vacinação é recomendada para utentes entre os 60 e os 84 anos e para profissionais de saúde, embora também possa ser realizada nos centros de saúde.
Para esta campanha, o Estado destina 7,6 milhões de euros à vacinação nas farmácias, além da aquisição das vacinas. Segundo portaria publicada a 18 de setembro no Diário da República, as farmácias irão receber 3 euros por cada vacina administrada, o mesmo valor do ano passado.
O documento fixa ainda uma remuneração suplementar de 0,11 euros por administração para compensar custos relacionados com a gestão de resíduos, desde que a inutilização de doses não ultrapasse 1,5%.
“A devolução pela farmácia, dentro do prazo de validade, de vacinas não utilizadas não é considerada inutilização de doses”, esclarece a portaria assinada pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
A despesa relativa à remuneração das farmácias será assegurada por verbas da Administração Central do Serviço de Saúde, cabendo a esta entidade realizar as transferências necessárias para que as Unidades Locais de Saúde (ULS) efetuem os pagamentos.














