Campanha de vacinação contra gripe e Covid-19 arranca hoje em todo o País. Quem tem direito e onde receber?

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacina contra a gripe de dose elevada estará disponível para todas as pessoas com 85 ou mais anos e para residentes em lares, instituições similares e unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

Pedro Gonçalves
Setembro 23, 2025
6:00

A campanha nacional de vacinação sazonal contra a gripe e a Covid-19 para o outono-inverno 2025-2026 arranca esta terça-feira, em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e em farmácias comunitárias. A iniciativa prolonga-se até 30 de abril de 2026 e pretende reduzir a vulnerabilidade individual, a carga da doença e o impacto nos serviços de saúde.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacina contra a gripe de dose elevada estará disponível para todas as pessoas com 85 ou mais anos e para residentes em lares, instituições similares e unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

Uma das novidades desta campanha é a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os 6 e os 23 meses de idade. A decisão baseia-se em dados nacionais que mostram que esta faixa etária apresenta “taxas de hospitalização e de cuidados intensivos equiparáveis às registadas entre pessoas mais idosas”, segundo a DGS. Nestes casos, a vacinação será feita nas unidades do SNS.

As recomendações abrangem ainda:

  • profissionais e utentes de lares, instituições similares e RNCCI,
  • grávidas,
  • profissionais dos serviços de saúde públicos e privados,
  • estudantes em estágio clínico,
  • bombeiros envolvidos no transporte de doentes,
  • cuidadores de pessoas dependentes e profissionais da distribuição farmacêutica,
  • pessoas em situação de sem-abrigo,
  • população prisional.

Nas farmácias comunitárias, a vacinação é recomendada para utentes entre os 60 e os 84 anos e para profissionais de saúde, embora também possa ser realizada nos centros de saúde.

Para esta campanha, o Estado destina 7,6 milhões de euros à vacinação nas farmácias, além da aquisição das vacinas. Segundo portaria publicada a 18 de setembro no Diário da República, as farmácias irão receber 3 euros por cada vacina administrada, o mesmo valor do ano passado.

O documento fixa ainda uma remuneração suplementar de 0,11 euros por administração para compensar custos relacionados com a gestão de resíduos, desde que a inutilização de doses não ultrapasse 1,5%.

“A devolução pela farmácia, dentro do prazo de validade, de vacinas não utilizadas não é considerada inutilização de doses”, esclarece a portaria assinada pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

A despesa relativa à remuneração das farmácias será assegurada por verbas da Administração Central do Serviço de Saúde, cabendo a esta entidade realizar as transferências necessárias para que as Unidades Locais de Saúde (ULS) efetuem os pagamentos.

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