Alemanha tem um plano para animar a economia pós-pandemia: equilíbrio e nada de discotecas

Ainda não se sabe quando chegará ao fim a pandemia de COVID-19, mas a Alemanha já pensou numa estratégia para voltar a dar vida à economia do país assim que possível.

Executive Digest
Abril 8, 2020
13:44

Ainda não se sabe quando chegará ao fim a pandemia de COVID-19, mas a Alemanha já pensou numa estratégia para voltar a dar vida à economia do país assim que possível. O plano, pensado por um grupo de economistas, advogados e médicos, recomenda um regresso progressivo à normalidade. A ideia será dar prioridade a alguns sectores, mantendo outros de portas fechadas, segundo indica a CNN.

Sem esperança de uma vacina ou tratamento eficaz para o novo coronavírus antes de 2021, os especialistas sugerem uma abordagem em jeito de maratona, em vez de sprint. Consideram que as medidas devem ser pensadas de forma a, por um lado, garantir a saúde da população e, por outro, serem possíveis de manter durante o período de tempo necessário.

«O planeamento para esta transição deve começar já na política, administração, empresas e outras organizações», indicam os responsáveis pelo relatório. Neste momento, as escolas, restaurantes, parques, estruturas de desporto e grande parte das lojas estão fechadas. Quais deverão ser os primeiros estabelecimentos a abrir?

Indústrias como telecomunicações e produção automóvel, que oferecem mais valor à economia, devem ser vistas como prioritárias. Segundo o relatório, todo o trabalho que pode ser feito a partir de casa deve manter-se remoto. Por outro lado, creches e escolas devem voltar a funcionar rapidamente porque os mais jovens têm sido mais poupados ao contágio e alguns pais não podem trabalhar se as escolas continuarem fechadas.

Quanto ao que deve permanecer fechado, os especialistas apontam para as discotecas e bares, lembrando que também eventos com muitas pessoas ficam melhor em pausa. No caso dos restaurantes e hotéis – outro dos sectores mais afectados – devem poder regressar à actividade mas de forma controlada e cuidada, uma vez que é difícil que as pessoas mantenham a distância neste tipo de locais.

Consoante a região, também está em cima da mesa a possibilidade de aplicar diferentes medidas e restrições. Cidades onde as taxas de infecção ou risco de transmissão são mais baixos poderão obter um pouco mais de liberdade mais cedo. No mesmo sentido, localidades onde a população começa a ganhar imunidade, também deverão começar a funcionar com menos limites.

Outra das propostas deste relatório, segundo indica a CNN, passa por olhar para a China. A ideia é encarar este país como uma espécie de exemplo do futuro, uma vez que regressa agora às rotinas habituais, quando os países europeus ainda enfrentam o pico da pandemia.

Por fim, o regresso à normalidade deverá ser pautado por equilíbrio. Anthony Fauci, especialista dos Estados Unidos da América em doenças infecciosas, afirmou recentemente que a saúde pública é prioritária, mas que é preciso ter em atenção as consequências de uma quarentena prolongada para a economia.

«Temos de garantir que mantemos o equilíbrio debaixo de olho», disse o especialista ao The New York Times. Segundo Anthony Fauci, se as cadeias forem interrompidas significativamente durante muito tempo, «a disrupção para a sociedade pode ser bastante castastrófica».

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.