A constituição de novas empresas continua em alta, tendo subido para 40.465 até setembro, mais 2,4% que no mesmo período de 2024, enquanto o encerramento de empresas e as falências continuaram a cair, foi hoje anunciado.
De acordo com o Barómetro da Informa D&B, hoje divulgado, mais de metade dos setores regista um crescimento na constituição de empresas, com destaque para as atividades imobiliárias (+22%; +860 constituições), a construção (+13%; +607), os serviços empresariais (+4,8%; +316) e a agricultura e outros recursos naturais (+20%; +229).
A construção e imobiliário mantêm grandes crescimentos, já que até final de setembro foram constituídas 3.457 novas entidades de construção de edifícios residenciais e não residenciais e 3.143 de compra e venda de bens imobiliários, o que, face ao mesmo período do ano anterior, corresponde um aumento de 435 (+14%) e 556 (+21%), respetivamente, precisa Informa D&B.
“Estas duas atividades são as que registam quer o maior aumento desde início do ano, quer o maior número de constituições de empresas, refletindo tanto o dinamismo do mercado imobiliário, como a resposta empresarial à crise da habitação”, refere.
A Informa D&B aponta ainda que “entre as subidas na criação de novas empresas, destacam-se também os subsetores do alojamento de curta duração (+42%, +259 constituições), as atividades de agricultura e pecuária (+25%, +242 constituições) e o retalho generalista (+42%, +226 constituições)”.
Entre os setores com recuos na criação de empresas, a Informa D&B destaca os dos transportes (-30%; -802 constituições), em especial na Grande Lisboa, que continua a abrandar e a impactar fortemente o indicador, o retalho (-8,5%; -307 constituições), sobretudo no ramo alimentar, e ainda os serviços gerais (-3,0%; -178 constituições), com destaque para a descida de atividades de saúde, desporto e bem-estar.
No que toca ao encerramento de empresas, a Informa D&B refere que até final de setembro, encerraram 7.910 empresas em todo o país, o que corresponde a uma descida face ao período homólogo.
A descida neste período é transversal a todos os setores de atividade, destacando-se os setores do alojamento e restauração (-21%, -377 encerramentos), do retalho (-16%; -350 encerramentos) e dos serviços empresariais (-15%, -333 encerramentos), diz a Informa D&B.
Em relação às insolvências, a Informa D&B afirma que 1.502 empresas iniciaram um processo de insolvência até final do terceiro trimestre deste ano, que corresponde a uma descida de 5,2% (-103 insolvências) face ao período homólogo, após dois anos de aumentos consecutivos neste indicador.
Metade dos setores de atividade registam descida nas insolvências, mas este recuo foi especialmente concentrado nas indústrias (-26%; -113 insolvências), nomeadamente na de têxtil e moda (-37%; -98 insolvências), que nos últimos dois anos tinha registado aumentos sucessivos.
As insolvências desceram também nos setores dos serviços gerais (-21%, -25 insolvências) e construção (-9,8%, -20 insolvências).
Do lado das subidas, a Informa D&B destaca os serviços empresariais (+32%; 37 insolvências) e os transportes (+31%; +26 insolvências).












