Carlos Moedas e Alexandra Leitão, principais candidatos à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, realizam esta noite o primeiro frente-a-frente das eleições autárquicas: o debate será transmitido pela SIC e SIC Notícias, com a moderação da jornalista Nelma Selma Pinto.
O debate estava originalmente agendado para o passado dia 10, mas viria a ser adiado devido à tragédia no Elevador da Glória. Sob gestão da Carris (sob a tutela do município), descarrilou a 3 de setembro, num acidente que provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades, e que está a ser investigado.
O acidente no emblemático elevador lisboeta deve dominar o confronto entre o candidato da coligação entre PSD, CDS e Iniciativa Liberal – e atual líder da autarquia alfacinha – e a candidata da coligação PS-Livre-BE-PAN.
Alexandra Leitão garantiu que é indispensável “um esclarecimento cabal e o apuramento de responsabilidades” sobre a tragédia com o Elevador da Glória, que enlutou a cidade, vincando que o presidente da autarquia “vitimizou-se”, “insultou”, mas nada disse que restaure a confiança dos lisboetas.
“Não peço a demissão de Carlos Moedas, mas peço – e penso que isso é que é importante – o esclarecimento cabal e o apuramento de responsabilidades face ao que aconteceu”, frisou, defendendo que é necessário aguardar, com “serenidade” pelas “conclusões do relatório” do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que “não pode ser apressado”.
Alexandra Leitão lembrou também que as propostas aprovadas pela Câmara Municipal, para garantir o apoio às vítimas, o esclarecimento cabal do sucedido e a restituição da confiança no futuro da cidade, foram, na sua maioria, as apresentadas pelo Partido Socialista.
Já Carlos Moedas acusou, no passado dia 7, Alexandra Leitão de ser uma “dissimulada”, quando não pede a sua demissão por causa do acidente no Ascensor da Glória, mas fá-lo através de “sicários”(assassinos contratados que matam em troca de dinheiro ou outras recompensas). “É dissimulada porque não vem pedir a minha demissão, mas encarrega os seus sicários, como Pedro Nuno Santos e Brilhante Dias, para virem por trás fazê-lo”, afirmou, em entrevista à SIC.














