Regresso às aulas: despesas de educação por estudante vão subir para 604 euros, revela estudo

Estudo realizado pelo Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance, revelou que a maior parte das famílias portuguesas prioriza comprar apenas o necessário (66%)

Francisco Laranjeira
Setembro 4, 2025
12:23

Neste regresso às aulas, prevê-se que o gasto médio por estudante seja de 604€ (vs 598€ em 2024), sendo que o valor estimado com material essencial é de 164€. De acordo com o mais recente Observador Regresso às Aulas 2025, um estudo realizado pelo Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance, a maior parte das famílias portuguesas prioriza comprar apenas o necessário (66%, +2pp), aproveitar promoções (63%, +3pp) e reutilizar material (57%, +2pp).

Quando questionados sobre intenções de consumo, 88% (+3pp vs 2024) dos encarregados de educação destacam o material essencial, seguindo-se o vestuário e calçado (84%, -2pp), material de apoio didático extra (76%, +5pp), material para educação física (75%, +10pp) e material de atividades artísticas (55%, -10pp). Apenas 30% equacionam comprar computadores, com um gasto médio de 653€ (contra 37% em 2024).

A maioria irá fazer as compras do material em lojas físicas (48%, +3pp) ou combinando online e presencial (41%, -3pp), principalmente em lojas especializadas/papelarias (73%, +2pp) e hiper/supermercados (65%, -1pp).

Apesar de muitos inquiridos continuarem a priorizar formas de poupança, a perceção dos encarregados de educação face à sua capacidade financeira para enfrentar o ano letivo continua a melhorar. As poupanças existentes serão usadas por 34%, enquanto 27% planeiam criar uma poupança específica para o regresso às aulas (vs 2024: 33% usariam, 29% criariam poupança, 19% não tinham nem criariam). Neste ano, 8% dos encarregados de educação avaliam a sua capacidade financeira como excelente (vs 6% em 2024), 26% como boa (vs 23%), 45% como moderada (vs 51%), 15% como fraca (vs 13%) e 6% como péssima (igual a 2024).

Fatores mais valorizados nos dispositivos tecnológicos são preço, durabilidade e desempenho

Atualmente, os computadores (80%) e os smartphones (52%) são os dispositivos tecnológicos mais usados pelos estudantes, sendo que a maioria dos computadores usados pelos estudantes foram comprados novos (57%) ou cedidos pela escola (34%). Segundo o estudo, a atualização ou compra destes equipamentos tecnológicos ocorre a cada 2-5 anos (49%) e os principais desafios na aquisição são o custo elevado (65%) e falta de conhecimento técnico (22%). Os fatores mais valorizados são preço, durabilidade e desempenho.

Quanto à nova legislação que proíbe o uso de telemóveis em alunos até ao 6º ano, 88% dos encarregados de educação já têm conhecimento da mesma e, na escola do educando, 27% já aplicavam a regra, 35% tinham só restrições e 25% irão adotar agora. Esta nova medida afetará a decisão de compra de smartphone para o educando de 15% dos encarregados de educação.

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