O euro está a negociar praticamente inalterado esta sexta-feira, ligeiramente acima do nível dos 1,14 dólares, mas caminha para o seu pior desempenho semanal face ao dólar desde 2022. As perdas acumuladas rondam os 3%, penalizadas pela reação negativa dos investidores ao recente acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia.
O entendimento é visto “por muitos investidores como aquém do ideal do ponto de vista europeu”, o que está a gerar “novos obstáculos para as economias do Velho Continente”, como explica Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe.
Em contrapartida, o dólar continua a beneficiar de um contexto favorável. A moeda norte-americana mantém-se em alta, sustentada por “dados económicos robustos nos EUA e por uma Reserva Federal com uma postura hawkish”.
Os mercados cambiais estarão hoje particularmente atentos à divulgação dos dados de emprego nos EUA (Non-Farm Payrolls) referentes a julho. Segundo o analista, “caso os números confirmem que o mercado laboral norte-americano continua a crescer a um ritmo saudável, os investidores poderão reforçar as suas apostas no dólar, reduzindo ainda mais as expectativas de um corte nas taxas de juro por parte da Fed em setembro” — o que poderá levar a “uma valorização adicional da moeda norte-americana face ao euro”.












