Um homem de 22 anos foi detido pela Polícia de Segurança Pública (PSP) em Lisboa, na passada quarta-feira, por suspeitas de posse de armas proibidas, na sequência de um incidente ocorrido num estabelecimento comercial na freguesia de Santa Maria Maior. A informação foi divulgada esta sexta-feira pelo Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) da PSP, através de um comunicado oficial.
De acordo com a nota da polícia, o alerta foi dado por volta das 17h20, depois de um indivíduo ter sido visto no interior de um estabelecimento empunhando uma granada de mão. O suspeito seria funcionário da loja e, segundo a proprietária, terá ameaçado a mesma e, em seguida, atirado a granada na sua direção, chegando mesmo a retirar o pino de segurança do artefacto.
Perante a gravidade da situação, a PSP isolou de imediato a zona e acionou a Unidade Especial de Polícia, nomeadamente o Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIESS). Após a devida perícia, os especialistas confirmaram que se tratava de uma granada de instrução — ou seja, sem carga explosiva real — usada geralmente em treinos militares ou policiais.
Apesar de não representar perigo de explosão, o uso da granada num contexto de ameaça foi considerado pelas autoridades como um comportamento extremamente grave. O suspeito foi detido pelas 23h45 desse mesmo dia, pela 1.ª Divisão Policial da PSP.
Na altura da detenção, durante uma revista sumária, os agentes encontraram em posse do jovem quatro munições. Perante fortes indícios de que o suspeito poderia guardar mais material proibido, a polícia solicitou o seu consentimento para realizar uma busca ao quarto onde residia, o que foi aceite.
Durante a busca domiciliária, as autoridades encontraram uma espada tipo sabre com uma lâmina de 80 centímetros, bem como um projétil de morteiro, objetos que foram imediatamente apreendidos por constituírem armamento proibido e potencialmente perigoso.
O detido foi posteriormente transportado para as celas do COMETLIS, onde permaneceu até ser presente ao tribunal competente para primeiro interrogatório judicial e eventual aplicação de medidas de coação.
A PSP sublinhou, no comunicado emitido esta sexta-feira, que continua a desenvolver ações regulares de prevenção e repressão da criminalidade, nomeadamente no que diz respeito ao controlo da posse de armas ilegais.














